Porque julho passaria por mim como a
névoa... como a vida para os residentes do Seattle Grace, ou o dia-a-dia das donas-de-casa desesperadas.
Ora... valeria então a pena deliciar-se com o som de
pequenas novidades, gargalhar à mera lembrança da expressão engraçada e dos 7 raios que atingiram o velho. Poderia entregar-me ao amor de Benjamin e Daisy... aos pitis das noivas em guerra feitas de adoçante e ferro.
O que há de tão engraçado, no entanto? Sendo que julho seria reservado ao teatro de pulgas, como já fora dito? Como poderíamos notar a comicidade(hã?) na simples "minding my own business"? Talvez, de fato, não haja nada cômico. A vida tenderia a passar... e simplesmente passar por julho... sem mais, sem
ais, apenas a ociosidade de um meio mês meio pacato, parado. A observação... e o destrinchar de um história já acontecida. (...).
Traçaria então os planos e meticulosos apetrechos. Poderia ver a Kansas laranja ali... parada. Poderia senti-la, tocá-la... Poderia ver-me em Pernambuco, rumo ao C.E.L.T.A, sem ter os 2 mil necessários para o plano. Poderia contar moedas, chegando a simples conclusão, de que em se tratando de finanças... bem, eu sempre faço besteira. Poderia esperar a reunião, optar pela filial... esperar alunos. Ansiar turmas e turmas... poderia mudar-me pra casa da amiga... poderia
forjar um fuga, poderia não forjar nada... poderia... poderia... (suspiros).
Comemoro triunfantemente a memória... tudo no plano das idealizações... nada concretizado. Ler a Bíblia, esquecer Tolstoi... ficar calada...não ficar calada... pensar mais, me importar menos... escrever melhor... tudo pra julho, que me passaria como uma névoa, com a mesma
brevidade de reconciliaçoes e de "pra sempre" já vistos.
E esse tal ato de blogar... e essa coisa de expressar opiniões, escrever escrever... modular palavras... alma em punho, escrita
torta. Ora, seriam ainda assim as mesmas névoas... uma aliteração necessária, numa poesia forçada, prosa nada intimista (como pareceu ser esse post). Pra quê? (suspiros... porque eu
gosto da expressão).
Ninna... sim, ela tentou escrever um bom post (pelo visto, não deu certo.)
Ninna... cansada de estar cansada. Que venham os mimos de julho.
P.S: Literatura, pode sim estar nos olhos de quem vê. Que me perdoe a linguística... não abandono meu hiperlink... nem minha hipersensibilidade. (ou a linha de pensamento não-contínua).