domingo, 29 de novembro de 2009

[...]

Podia-se ouvir de longe o gritinhos abafados vindos da salinha apertada, no final do corredor. Jalecos em euforia por mais um final de 4 meses que chegava... mesmo que esse finalzinho se arrastasse por mais uma semana.
Passou... mesmo que tenha engatinhado boa parte desse novembro. E aquela sensação de que algo sempre está ali atrás, pedindo para ser sorvido... Aquele arzinho de novidade, a experiência que se aproxima aos poucos, a possibilidade da possibilidade...Que seria dos meus dias sem essas estranhas sensações? Sem esse olhar cúmplice, do nada... no meio do desespero? Ainda que amedronte.

[...]


O pequeno detalhe do dia longe predestina que qualquer supresa que apareça no caminho dá pra levar... dá pra lidar, me aprumar do jeito que sempre fiz... juntar os caquinhos do chão, sacudir a poeira, pedir perdão, me arrepender... Qualquer surpresa pode ser superada. Dá pra viver.

[...]

O friozinho do estômago antecipa que algo acontece... quer seja bom ou não... quer seja perigoso.


Ninna... o que era certeza, tornou-se inquietude.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Off

... ela morava em Michigan, foi de Canteburry para lá (onde quer que seja isso)... comia bluberries com paquecas no jantar. Burlou a assinatura do livro, aquela que dizia que eu sobreviveria a Londres. Um sonho tão longe, uma quase névoa que inspira o finalzinho apertado.
Ela burlou a assinatura do livro. Falava de um tal Ken e de uma tal Teddy (não a do seriado médico). Ela morava em Michigan... no lado direito, no cantinho do mapa americano. Da fraude... ficou em mim somente a lembrança... se você sobreviver a isso, com certeza irá tirar Londres de letra.
Se eu sobreviver... Se eu souber apenas aguardar o tempo que não passa, a resposta que não chega... se eu apenas superar tudo isso. Michigan... ela conseguiu fraudar a assinatura, e conheceu muito bem San Diego.

... ela viveu muito mais do que eu. Diante isso, eu meio em off, perdida aqui entre meses e espera.

Ninna... [dead poets society]... [em transe]

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

...then she comes, with her crown.

... então la chega, com a sua coroa.

Porque há mais e mais coisas entre o céu e filosofias vãs, do que supõem mentes imundas e belas. Porque está a vida... pra ser vivida a trancos e barrancos... nem que seja numa sala cheia de nerds e doutores, nem que seja no silêncio que precede o esporro. Do jeitinho que levamos a vida... do jeitinho que o biscoito esfarela. E nesse meio período, apareceu... aquela que espera.
Num finzinho de ano meio que demorado, a única solução pro trabalho que não foi feito, pro tempo que não passa... a espera até janeiro, a possibilidade do pedido deferido... a carta-resposta que não chega, a solução pra menina que já esperou... aquela que abriu mão do segundo, do minuto pra ter mais lá na frente a eternidade.

Os sapatinhos de boneca fizeram festa dentro do quarto. Pulinhos de alegria pela aguardada chegada... aquela que apareceu assim, no momento de loucura. Risos e risos... a vida um pouco de 'cabeça pra baixo'. Foi ele quem disse.

...ela chegou. Assim, com sapatinhos de boneca para deixar meus dias mais sãos.

"Clock time is our bank manager, tax collector, police inspector; this inner time is our wife"
- J.B Priestley (Man and Time).

terça-feira, 17 de novembro de 2009

...alive and kicking.



De todo aquele papo de se permitir sentir o que quiser, agir como se bem entende, reagir da maneira mais confortável, saber como tocar o desânimo... o que fica mesmo, na prática, é que cabe sim fazer cara de paisagem para o medo, e se aprumar... levar a vida da melhor maneira como se pode levar. Deixando pra lá o que precisa ser deixado... ignorando o que precisa ser ignorado... Se o luto vem para cada um, a seu próprio modo... com a vida não poderia ser diferente. Dá até pra esquecer que há vida também lá fora. Numa soma de 2 + 2, nem sempre dá quatro... nem sempre é tudo tão exato.



Quanto a traçar os planos... mesmo que seja importante aparentar segurança, vestir a roupa ideal, calçar o salto que aperta, mas que mostra pro mundo que você é você... o que dizer do que se sente lá dentro? Pode ser o que os outros pensam, mas pode não ser. Nem sempre as pessoas são tão previsíveis quanto nós achamos... e nem tudo pode ser usado como arma.


Calçar o sapato que aperta, passar as semanas estudando, orando, pedindo, acreditando... até dando pauta pro olhão azul que amedronta... o famoso "se permitindo"... quando o seu maior alvo, aquele que você aguardou a vida toda, aquele momento que você ensaiava, imaginava... a palavra certa a dizer, a expressão a usar... a segurança que você deveria aparentar, quando ele simplesmente atravessa sua vida, muda tudo e diz: "to aqui!"


Tô morrendo de medo... não existe mais segurança, muito menos cautela... a menininha desastrada, do jaleco sujo, do dinheiro não guardado tá aqui, tremendo a noite, louca e insone, com as mão geladas, gritando de uma sala a outra... com medo do que falar, com medo do que vestir, do que escrever... simples e puramente com medo. Porque o que ela mais esperava... aquele momento da vida toda, apareceu assim, de repente. Uma oportunidade de mudar tudo... que era esperada daqui à muito tempo, se adiantou e a tirou da cama... no meio da noite... pra pensar e escrever, duvidar se si mesma... coisa que não acontecia há tempos.


Se aquele negócio todo de se permitir é tudo isso mesmo... vale a pena testar. Pra mim, até agora funcionou... e continuo acreditando piamente na ideia de que vale a pena sim, curtir cada felicidade momentânea, e cada fossa fenomenal, cada planozinho, cada "alvozinho". Porque assim... ninguém sabe quando amanhã, o choro vai ser a mãe do riso. Chorar, todo mundo chora. E mesmo acreditando que isso tudo é um pouco piegas... vale a pena chorar, sabendo que você tem mais alguma coisinha a mais na bagagem... e que você se permitiu.


Nem sempre as guerras tem dois oponentes... as vezes é você contra você mesmo... ou você e seus alvos, seus critérios. E não dá pra ignorar que em tempos de guerras frias e mornas, um embate é a melhor forma de se conhecer alguém. E? Bom... eu me conheci um pouco.



Ninna... tremendo de medo... mas "alive and kicking". Hoje eu faço o que não faria.


Ninna... a vida passa, blá blá blá... mas, no meio do caminho... dá pra crescer bastante.


... e que amanha, ou venha o baque, ou a risada! [qualquer um dos dois vale...]




segunda-feira, 16 de novembro de 2009

... The way the cookie crumbles!

... do jeitinho que o biscoito se esfarela!
Quando não se tem o poder de mudar as coisas... o jeito mesmo é aceitar, e tocar a vida... do jeito que o biscoito se esfarela. Não interessa como... mesmo que seja deitada numa cama torta, com a enxaqueca amiga de todas as horas, com o medo e a aflição pelo alvo importante, por uma história a mais, com a crise de gastrite, com a oportunidade de consertar erros passados, com a inêrcia e indiferença à alfinetadas alheias. Há sim, mais coisas pela frente... não importa como aconteça.
Tanta coisa que acontece... e sob outro prisma, metade ainda nem aconteceu. Os dias passam e necessidade de se refinar aumenta... a necessidade de se modelar sob o fogo, como o ouro. De ter em vista um próximo fim de tudo. De repente, não vale mais a pena disputinhas medíocres sobre coisas medíocres. Não cabe mais ficar deitado, sucumbir ao desânimo... repudiar a humildade, a tentativa, o dar o braço a torcer mesmo quando se está certo... só porque os outros fazem, eu devo também fazer. Tem de existir vontade, acima de tudo... a humildade que emana da natureza própria... o inocomodar-se com o que está errado, sob o ponto de vista mais importante. Porque enquanto houver disputa, vai haver mortos e feridos. E para aquele a quem dizemos servir, não deve haver disputa. E quando se tem a razão... não importa muito quem dá a última palavra.
... quando não se pode mudar as coisas, o jeito mesmo é tocar a vida. Mas não sem antes buscar os caquinhos e farelos que cairam no chão. Ninguém muda ninguém, é fato. E como Shakespeare ficou famoso, "não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam" [todo mundo deveria nascer com essa ideia na cabeça...].
Pra que tentar mudar o mundo? Pra que se responsabilizar pelas ações e opiniões alheias? Pra que tentar colocar na cabeça dos outros, que não dá pra ser assim... a ferro e fogo o tempo todo... sempre a mesma guerra de braço, as indiretas... o blá blá blá. Pra que agir com os outros da mesma forma que eles agem? "Nunca dê às pessoas as qualidades e defeitos que são seus!"... ouvi por ai, não sei onde... mas o que ficou foi a mensagem... não dá pra esperar dos outros atitudes que são nossas... não dá, nem rende frutos esperar que os outros ajam da maneira que nós agimos!
Sem demagogias, e sem mais alguma churumela... não importa quem vence a guerra, não importa nem se existe mais guerra., ou se houve algum dia. Antes de oferecer algum sacrifício... preciso consertar o que está aqui... aqui dentro. Antes de me render à tentadora guerra de farpas... preciso eu me responsabilizar pelas minhas atitudes, não pelas atitudes dos outros. [e digo isso tudo sem tentar fazer uma poesia-intimista-forçada, nem lançar filosofias que 'encantam']
Isso não se aplica só ao que muitos por ai podem estar inferindo. Pouco me importa o que pensam. Aplica-se a tudo que diz respeito a MIM... tudo que é relacionado ao meu agir e falar. Todos os meu tratos e destratos... meus alvos, meus propósitos. É de muito maior proveito, ignorar essas "porções de refugo". [novamente, sem demagogia]... Infiram o que quiserem, como quiserem... há coisas mais importantes.
Ninna... estudando expressões idiomáticas de língua inlgesa pro tão falado teste... the way the cookie crumbles... igualzinho à vida.
Ninna... no regrets, war is over! [sem arrependimentos, a guerra acabou!]... Entre dores e alvos, descobri que pra mim, melhor ganho é perder! Meu orgulho é simplesmente frágil...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

13/11/09

Sim... da certeza para o medo.

Mas, como tudo é lícito, mas poucas são as coisas de proveito, aceito o teste. Coloco-me a prova... melhor o preço de tentar, sem a desventura de falhar. Espero que não falhe.

...e se tudo der errado no final...
apelo pro colo de pessoas importantes por ai... um namoradão, o tapinha nas costas dos companheiros, o cafezinho com creme da amiga alí, o telefonema gigantesco da outra cá, o dia de beauté com as outras ... o sermãozinho de papai no final do dia.

Tudo é lícito. E afinal, isso é proveitoso pra mim. Vale a tentativa.

Ninna... sim, isso também dá medo. Mas, como em português claro... "quem não arrisca não petisca... o friozinho na barriga pela véspera é o alimento do alvo.

Ninna... no carro. Engarrafamento, e eu há 7 km da possibilidade de vida nova. Sim... eu, com a "cara e a coragem."

...nothing hurts like your mouth!

"All your mental armor drags me down...
We can't breathe when you come around
All your mental armor drags me down...
Nothing hurts like your mouth."
The longest kiss
Peeling furniture days
Drift madly to you
Pollute my heart drain
You have broken in me
Broken in ME
(...)
You have soul machine!
do extinto Bush (não... não é o ex-presidente!)
Ninna... against all your mental armor... da certeza para o medo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

...and don't be surprise if I fall head over feet!

E de repente bate a dorzinha no peito, uma sensação esquisita... como um titubear improvável, no momento exato em que se sabe o que fazer... Mas, seria, como há muito havia-se pensado, dito, professado... felicidade momentânea, clandestina... seria por fim, se permitir, sentir o gostinho do momento raro de dúvida... Se permitir tudo que vale a pena.

Felicidade momentânea... pequenas sensações... o friozonho agradável... borboletas no estômago. Sentir saudade do que ainda nem se viu... chorar porque simplesmente é agradável um momento de fragilidade... alí no escurinho do corredor abandonado...

Achamos perdidas por ai pequenas confissões, um papinho mudo... o olho azul que amedronta brilhando de empolgação... um riso solto... trocadilho infame... a mão... a gritaria que toma conta do prédio. Tudo no meio de um turbilhão de pensamentos que variam do 'é possível?!' ao 'e daí?'

São assim todos os meus dias, a partir do momento em que descobri que os pequenos alvos e tímidas conquistas batem sim à nossa porta sem pedir licença...pedindo para serem aproveitados. É assim... porque por um momento tudo desaparece... briguinhas, papinhos... discussões ao telefone, problemas... tudo isso some no momento em que se tem a oportunidade de enfrentar antigos medos, assumir um alterego,brincar, rir, sentir-se querido, falar, gritar... agir feito um louco, sentir-se mais e mais e mais, maior que o mundo. Ter por um minuto controle de tudo. Sentir-se inseguro, mas fazer cara de paisagem pro medo. Dançar, pular... por que a vergonha vai desaparecendo aos poucos, cria-se confiança... até mesmo naquele olho azul que amedronta.

Vai saber... são assim os meus dias. Porque comprei por ai o biscoitinho da Alice. E aos 20, eu aprendi que quatro paredes e uma janela não me intimidam mais... ao contrário, me libertam.

Ninna... sinto saudade do que nem vi ainda. E na maior parte do tempo, nem sei o que fazer. Mas sempre me permito... as coisas não são imutáveis. E as vezes é bom "ficar de cabeça pra baixo".

domingo, 8 de novembro de 2009

Breathing...accomplishing

October passed me by and it seems to me that there's still something else to happen. I mean... of course this month had its issues. One more time... a lot of acting, a lot of speaking for no one to hear... a lot of engaging with nothing at all. The same overtalking, overspeaking, 'underthinking'... that's usual.

But... looking over my shoulders, that's something that keeps fallowing me, wherever I go... wherever I look. No... of course I have my stockers, but... it's something a little bit different... is like that idea that the biggest day of you life, or the most import one, or the saddest one, they suddenly passe your path when you really don't expect it. It seems that no matter what you do... what you plan... something suddenly takes you breath away... weather in a good way or not.

The thing is... we keep trying to catch out our dreams, our goals... but, we forget that sometimes, even if that sounds a little bit weird... our goals and accomplishments, at least the smaller ones, they just knock on our doors, asking to be enjoyed. Yeah, I know... It sounds naive... maybe this is just me. But I'm willing, in this point of my life, a good start... regrets-free... I'm willing something to get me out of the bed, even if this represents, speak face-t0-face, stand up for myself and my opnions... even if this is a step on the darkness, even if this is a scream at sometimes... even if... Because, as I said in some ancients posts... I do believe that having A goal, is so much better than having SOME goals. And I like to believe in that... it keeps warm at night. Maybe, for now, I have small targets... like be more self-conceited, more selfish, or like... do not put up people who have nothing better to do, but look themselves on the mirror and see nothing. That's a good thing. Maybe, in the future, I'll buy some bigger plans... like, be more, more, more... I don't know... be more is what I believe. Now I've learned that.
To say the truth... dreams can knock on our doors... maybe we can be today, a lot more than we were yesterday... These little dreams, they can be achieved... day by day.

Ninna... yep, this is me. A little girl who believe that we can fight our challenges and accomplish our dreams each day. I do believe, that today I AM more than I was yesterday. One step at time... That is grownth.

Ninna... Now I speak and stand up for myself.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Me manda um email!

O Lunário ainda não é um blog mulherzinha, mas como em se tratando de moda, o que vai sempre volta... voltemos então à moda so last season (pra quem não tem dicionário... 'tão temporada passada'), e às algafinhadas virtuais. Afinal, cultura de massa perpetua. Não que literatura de massa seja lá a praia dessa moça que escreve, maaaas...vá lá.

Bom... então... assim... como é mesmo? Ah, nem eu sei. "Olhem para mim,vocês... veja como a vida e boa, e todos vocês inferiores a mim."

[bocejos longos]. Já deu,né? Pois é... falar assim... indiretamente... para alguém...sem ser ninguém... porque acham que falam de alguém. Ih... quanto ´blá blá blá. Como quem tivesse paciência para tanto... Viva a sua vida e pronto, vivam eles as deles, eu a minha, vós as vossas e tudo certo.

A literatura foi marcada por personagens egocêntricos, neuróticos, possessos de si... mas todos tinham um certo charme... Aquele lá, da Capitu... mania de perseguição, tudo bem... mas foi relembrado aos séculos... Dorian Grey e seu hedono-narcisismo (se é que tal palavra existe)... vaidoso ao extremo, porém... um grande de Wilde. Na vida real, quem tenta ir pelo mesmo caminho... bom se dá um pouco mal. Você é o que mesmo? (...)

Bom, para aqueles que se enfurecem com palavras alheias, tentam poetizar com "resoluções", alfinetam outros, se superestimam por coisinhas fúteis... se auto-afirmam, mas querendo mesmo afirmação de outros... fica somente o conselho da psiquiatria popular... 'Doido não se contraria!'. Eu, como ouvi lá nos tempos de menina, aprendendo a tricotar com vovó Madá, acato os conselhos populares, até estes. Deixa pra lá... um dia a ficha cai. É assim... afinal, quando se é estigmatizada de esquizofrênica... neurótica... louca, aprende-se a suportar com paciência a esquizofrenia alheia.

Agora, cá entre nós... as que a cá, tricotam... hum, é bom mesmo chamar atenção né?! Quando se QUER que todas as atenções sejam voltadas para si, costuma-se ACREDITAR que isso acontece. Sim, eu entendo perfeitamente. Por isso, posso até mesmo fingir que aprecio manifestações públicas e virtuais de auto-afirmação. Pobre de mim... como é de minha natureza carente, preciso viver da vida de outros [que por sinal é empolgante demais] porque a mim, me falta vida própria. (...) Preciso olhar (mas peraí.. só não olha quem tem olhos?!)... para o umbigo de outros e arrepende-me profundamente por ousar, por um minuto apenas, mudar o foco?!

[bocejos...]
Gosto de escrever. Gosto mesmo. Gosto também de deitar na cama que fiz. Então... se sempre levei a fama... assumo-a agora de vez. [pra agradar o ego de pessoas maiores]. Rendo-me novamente, à essa moda ultrapassada de recadinhos virtuais. Claro que de vez em quando, bate uma dor de cabeça por ler 'palavrinhas', mas nada que um tricozinho não cure.

Fica aqui um post... só pra não decepcionar as crianças no recinto. Aguardo respostas logo...
Ah... mas seria mais interessante se fosse por email... é mais cult, elegante... e cá entre nós, menos povão.


Ninna... entre uma aula ou outra, uma pausa pra olhar a vida alheia...

HA HA HA... já deu, né?!

(Psicologia Popular I: 'doido não se contraria').

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

21/11/2009


Por falar em planos...

Here we'll go!!!

... a incrível capacidade de se arriscar.

'E se não der certo?'
'Não deu! Só o frio na barriga vale a pena...'

Don't Mention it!

'Pra quem não sabe para onde está indo, qualque lugar vale'...

Falou-se e ouviu-se por ai, indefinidas vezes, em alguma mesa de botequim, com a areia da praia, e papinhos ao léu.
Fato. Assim como em mente vazia, a futilidade faz morada, pra quem não tem perspectiva, qualquer coisa é de grande ganho.
Assim, e somente assim, deixo de lado brigunhas e futilidades pequenas, e rendo-me aos poucos ao meu falar e ouvir. Apenas meus, e somente meus. Afinal, não me curvo diante de tronos, nem preocupo-me com línguas que não edificam. Levo a vida, somente minha vida. E dedilho nesse bolg, que é território de alguém.
Olho e vejo adiante. Futilidade não faz morada aqui...
Dos conselhos de infância, lembro-me bem... 'Faça enquanto pode'., 'aprenda enquanto estou aqui'... Assim, como boa criança e boa filha, acato e vivo os dias aos poucos, um pouco tardiamente, aos 20... mas levo de mala e cuia alguns poucos sonhos, que invento em horas diferentes do meu dia (de 48 horas). Tardiamente, confesso. Mas antes aos 20 do que aos 24, 25, 30...
Não, não sou bonita. Tenho dentes tortos, pés e mãos grandes e minhas palavras tampouco são cheias de floreio. Magoo, decerto. Ofendo, eu sei. Mas não sento e falo, eperando que o príncipe de cavalo branco venha me tirar do castelo e pagar todas minhas contas. Aprendi, ainda lá na infância, vendo séries de TV, e por que não falando dos outros? (afinal, isso sei fazer bem!)[suspiros], que o tempo passa, e muito melhor ser algo do que esperar algo. Me mostraram que ter alguma perspectiva, é bem melhor que ter qualquer perspectiva.
Por hoje, enquanto tenho apenas 20 (e uma agenda atarefada ao começo do dia), traço um plano de cada vez e também ao mesmo tempo. Acordo, e sou professora de inglês. Cochilo, e sou estudante de letras. Almoço e sou funcionária da Petrobrás. Janto, e sou concurseira de plantão. Jornalista, advogada, secretária... Também tenho um namoradão, mas já passei dessa fase. Não levo um pé na bunda pra me descobrir gente. Nem preciso que alguém me mostre isso.

E hoje? Bom... já saiu o edital do concurso. Posso ir morar em Açailândia e falar sobre alguma coisa da área técnica. Posso também ser poliglota... aproveitar a bolsa e hablar español... Um carro, uma moto, uma sandália da Carmen Steffens. Sei lá...
Sencuda faculdade? Mestrado? Doutorado? Acho que não... pra essas coisas precisa ser inteligente.

Papai me chama pra vida. 'Procura crescer, menina!'... 'Ai, paaiii... mas é que dormir é tão bom. E eu ainda tenho 20!'

"Plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores" (um blá blá blá meio que bonitinho...)


Ninna... estudo de manhã, trabalho a tarde e a noite, mas de madrugada eu sonho. E por incrível que pareça, meus sonhos são todos coloridos. Meus dias ocupados me permitem isso.

[e pra mim, qualquer lugar não é lugar].