Eu estava pensando naquele velho ditado: 'Não é por acidente que as pessoas entram e ficam na nossa vida"... não é como se eu acreditasse em destino, ou alguma coisa parecida, mas por alguma estranha razão, tenho pensado muito nisso.
Eu sei que as coisas não estão pre-determinadas, e não existe isso de as coisas acontecerem por alguma razão específica, mas sabe aquele sentimento que aparece as vezes? Quando você lava o rosto depois de um sono longo, e tudo parece melhorar? Você acorda, lava o rosto, limpa o quarto e parece que tudo isso faz você se sentir melhor...
Não sei se isso faz algum sentido pra vocês, nem mesmo sei se faz algum sentido pra mim mesma... mas quando isso acontece comigo, quando essa sensação de 'se sentir melhor' me invade, me atinge, quando eu acordo, lavo o rosto e arrumo o quarto, é inevitável pensar nas pessoas que entram e ficam nas nossas vidas... na minha vida, mais particularmente.
Eu sou do tipo de pessoa que acredita em perdão, em começar e novo e tudo o que está relacionado a isso... eu acredito. Isso faz parte do meu jeito estranho de ser, desse jeito 'felizes para sempre' de se enxergar as coisas... Mas ao mesmo tempo eu também tenho essa crença, ou percepção, não sei... de que algumas coisas realmente nunca mudam... Eu lembro de ter falado em alguns posts antigos- nós sempre tentamos mudar as coisas e pessoas ao nosso redor, mas acabamos esquecendo que nós somos responsáveis por nada além do que nós mesmos, nossos próprios sentimentos, atitudes, jeitos de ser...
O problema é que nós tendemos a esquecer disso... e aí, sem nem perceber, acabamos cometendo erros, grandes ou pequenos, vez após vez...Acabamos nos machucando tentando ser semi-deuses e herois, tentando fazer outro alguém reconhecer uma coisa que só é verdade para nós mesmos... e nos machucamos por tentar descobrir se somos tão importantes e relevantes par alguém quanto esse alguém é para nós. E aí, quando nos damos conta da verdade, quando 'a ficha cai', nós por vezes agimos como cegos... tentando não enxergar, ou perceber que somos apenas tão importantes quantos gostaríamos de ser. Eu ousaria dizer que isso é o que machuca mais, o que doi mais. E dói justamente porque não importa o quanto tentemos, não temos o poder de mudar ninguém.
Não importa o quanto queiramos acertar as coisas, ou quantas noites passemos acordados tentando entender o que está acontecendo... isso tudo nunca será tão importante pra outra pessoa quanto é pra você. Algumas coisas nunca mudam... algumas coisas, uma vez perdidas, não podem ser recuperadas. O difícil é aceitar isso.
[...]
... e algumas vezes, não importa se lavamos o rosto, tentando nos fazer sentir melhor, ou se arrumamos o quarto, tentando mesmo arrumar a vida.. algumas vezes, nem conseguimos seguir em frente.
... e mesmo depois de lavar o rosto e limpar o quarto... não consigo esquecer teu rosto... um ego gradiosíssimo, embora pequeno, ciente de si, seguro de si... enquanto todos se reconheciam blefes. [falando displicentemente sobre certa torre de vidro, quando aos 20].
Ninna... algumas vezes convém ser maior do que meu objeto de desejo.
Um post pra alguém que só por passar rapidamente por minha vida, me fez reconhecer como é difícil falar em primeira pessoa. [infelizmente, algumas coisas se perdem na tradução]