domingo, 19 de dezembro de 2010

Top 10 Adolescência

Pra relembrar... as 10 músicas que marcaram minha adolescência. O muro do colégio, dancinhas coreografadas, boybands, amores frívolos e felicidade...

1. Bye Bye Bye - N'Sync



13 anos. Levei um fora daqueles, um dos dois únicos da minha vida. A música falava de mandar embora alguém da sua vida, e por inspiração da música, mandei mesmo. E como já dizia a letra, o menino voltou. Mas aí já nem interessava mais, o legal mesmo era sofrer ouvindo a música. Lembra todas as meninas na frente no espelho do banheiro na escola, com o estojo na mão, fingindo ser o microfone, num inglês beeem enrolado gritando: bye bye bye!!!


2. It's Gonna Be Me - N'Sync



13 ou 14 anos. Não lembro bem o ano. Quase o mesmo motivo de acima. Estojo na mão, aprendendo a falar inglês, acreditando piamente no que a letra dizia. Eu era apaixonada pelo Justin, sabia toda a dancinha de cor e salteado. Lembra H, uma das paixões dos 13. Melhor nem contar o resto...


3. Save Me - Hanson




15 anos. Tá em terceiro lugar, mas é a melhor de todas. Batista. A primeira música que dedicaram a mim. W, a paixão dos 15, 1 ano mais novo, namoradinho da escola. Tô falando muito?! Enfim... vocalista da banda da escola. Rolo. Apresentação da banda, outro sujeito do meu lado. Ciúme. Música pra mim. Riso torto. Declaração. Felicidade. Bons tempos. Amorzinho tipo high school americana. Até hoje não acredito que foi comigo... :)


4. Ana Júlia - Los Hermanos




15 anos. Festa estranha com gente esquisita. Apresentação no colégio. Outra dancinha coreografada. Eu queria tanto ser Ana Júlia. Ponto. A história acaba aqui.


5. Mr. Jones - Counting Crows




15 anos. Icbeu. Como era difícil cantar essa música!!! Me achava o máximo porque nas aulas a professora me chamava pra ajudar os outros com o inglês. Não sei ao certo porque gostava tanto dela, lembro só que achava que no fundo essa música tinha alguma coisa a ver com a separação dos meus pais. Depois vi que não, não tem nada. Garota problemática, né?!

6. Iris - Goo Goo Dolls


13 anos. D, o outro fora da minha vida. Nem chegou a ser um fora, porque ele nunca soube oficialmente que eu gostava dele, só sabiam Deus, todo mundo e torciada inteira do Flamengo. Amor a primeira vista. Era tão legal chorar ouvindo essa música. Eu novamente achava piamente que um dia, só pelo fato de eu cantar a música com toda a força do meu ser ele ia gostar de mim. Não gostou. Ainda bem, descobri que ele era feio. Aliás, descobri a partir dai que ia começar a gostar de homem feio...


7. I Want it That Way - Back Street Boys


13 anos. Pelas contas eu tinha 10, já que a música é de 98, mas lembro de ser apaixonada por ela por volta dos 14. Cheguei a tentar guardar dinheiro pra ir pro show deles quando eles viessem ao Brasil. Claro, mamãe não deixou.




8. Clocks - Coldplay


16 anos. T, o amor dos 16, dos 21, dos 98. Coldplay embalou nossos 5 anos de altos e baixos. Começou estranho, hoje é quase tudo. Um presente de Jeová. Meu passado, meu presente, meu futuro. Ponto final.


9. Fix You - Coldplay






16 anos. Altos e baixos. Terminamos, eu achava que ele tinha me traido. Chorei... e tudo parecia não ter final nunca. Voltamos, e hoje gosto de acreditar que aprendemos a crescer com essa música.


10- Na Sua Estante - Pitty 




18 anos. Música de término de namoro. Bem a cara dessa época. Dor de cotovelo... como era glamuroso sofre de amor!




Ninna... bom relembrar... bom viver com trilha sonora.


P.S.: Mais listinhas estão por vir...

Caleidoscópio

"Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito." - Clarice Lispector

E não digo que sou... feliz, quero dizer. Há muito em mim que se resume felicidade em alguns momentos, mas em outros tantos, me reconheço na solidão de poucos amigos, poucos encantos. Como se no quarto escuro, onde não há sombra, fosse sombra de mim mesma... quando o riso se confunde ao choro e as lágrimas fossem reflexo de sobriedade. 

Não há tempo para nada que não seja meu próprio egoísmo, pois poderia alagar-me em horas vãs, mas as mais preciosas do meu dia gasto comigo só... na busca vã de definir o que sou, do que gosto, se sou feliz ou não. Sozinha... porque assim cresci e assim vivo até agora. Na sobriedade ou loucura que a solidão traz. Com poucos amigos, poucos encantos, me descobrindo feliz e torta em horas aleatórias de frivolidade. 

Poderia usar alguém agora... como alguém que precisa de alguém em tudo, em sempre... como alguém sozinha, que nem somente entende a sim mesma. Mas a aliteração de pensar sobre si mesma ocupa o tempo dedicado a outros... a frivolidade de se descobrir feliz ou não, em momentos instáveis de pura quietude.

Ninna... não precisam entender. Bastam a mim meu puros momentos de filosofia vã e barata. 

Que bom voltar ao blog onde palavras são deixadas ao vazio. Que bom ser sempre uma incógnita... uma previsível incógnita.



"Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro."