"Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito." - Clarice Lispector
E não digo que sou... feliz, quero dizer. Há muito em mim que se resume felicidade em alguns momentos, mas em outros tantos, me reconheço na solidão de poucos amigos, poucos encantos. Como se no quarto escuro, onde não há sombra, fosse sombra de mim mesma... quando o riso se confunde ao choro e as lágrimas fossem reflexo de sobriedade.
Não há tempo para nada que não seja meu próprio egoísmo, pois poderia alagar-me em horas vãs, mas as mais preciosas do meu dia gasto comigo só... na busca vã de definir o que sou, do que gosto, se sou feliz ou não. Sozinha... porque assim cresci e assim vivo até agora. Na sobriedade ou loucura que a solidão traz. Com poucos amigos, poucos encantos, me descobrindo feliz e torta em horas aleatórias de frivolidade.
Poderia usar alguém agora... como alguém que precisa de alguém em tudo, em sempre... como alguém sozinha, que nem somente entende a sim mesma. Mas a aliteração de pensar sobre si mesma ocupa o tempo dedicado a outros... a frivolidade de se descobrir feliz ou não, em momentos instáveis de pura quietude.
Ninna... não precisam entender. Bastam a mim meu puros momentos de filosofia vã e barata.
Que bom voltar ao blog onde palavras são deixadas ao vazio. Que bom ser sempre uma incógnita... uma previsível incógnita.
"Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro."
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