Mesmo que fugindo de lugares comuns, velhos clichês que invadem o começo do ano com planos que decerto não sairão do papel e novas e velhas frases de efeito, além de meticulosas afirmativas de 'eu cresci!'... venho ainda que de cara nova (ou velha)... matar a saudade que apertava aqui no peito... essa vontade de dedilhar... num vício que nada se assemelha ao de lançar tiros de fogo.
Quando esse mundo pagão se rende à suepertições e ondas a serem puladas, não há como evitar seguir a mesma linha de pensamento e falar do que foi e do que será. Não há de ser falar com demagogia e propriedade e afirmar erroneamente que apenas dois dias de alimento superior foram o suficiente para rechaçar 365 dias de pura maldade e tiros que não somente feriram, mas mataram muito do que foi e nunca talvez será novamente. Mas ainda assim, quem não vive de definições pessoais e planos de uma vida toda, ou um ano todo... não vive, apenas se esconde em meio a dias. E como não quero persistir em erros que não acresecentam nada, me reservo o reles desejo e direito de falar do que aconteceu.
Não, não hei de ser aprendiz de demagoga ou aproveitar-me de um zelo temporário (que talvez seja ou não).... mas se diante de tudo o que nos bate a porta e todos os avisos vindos de cima batidos em tecla repetida, não se há de reconhecer o que é realmente verdade e proveitoso... não veremos nunca que temos de mudar e mudar de opiniões.
Se em 7 anos, e em recentes dias ignoro todos os avisos dados... então, não há mais jeito, e me reconheço uma porta burra, caiada, superficial e hipócrita. Sim, porque ser ser humano, daqueles que batem a porta falando dA Palavra... se requer pensar e decidir no íntimo o que será o futuro... hei de ter um futuro.
Mesmo que isso signifique ignorar as feridas (que não foram poucas), engolir o orgulho, o direito de se estar certo e se render ao que é mais importante. Apenas em nome do que é mais importante. Isso faz parte da busca, de uma consciência leve ao final do dia... de sair as 4 e voltar as 22 com 5 horas na bagagem... cinco horas de pura felicidade clandestina. E eu que pensei que esta fosse exaltar a si mesmo... pura ignorância.
Para 2010?
Mais do que emagrecer, quero humildade... é só o que peço para esse ano... mesmo quando o que há em volta é puro orgulho e intolerância... mesmo quando o simples benefício da dúvida não lhe é respeitado. Pura e simplesmente. É só o que quero.
Não fui boa. Talvez até teria sido, mas não fui boa... meu coração foi mau a maior parte do tempo. Me orgulhei disso, o pior foi isso... e é o que me arrependo. Não porque sempre fui má... mas porque aprendi a ser, aprendi a ofender... mesmo que tenha sido na intenção procurar uma defesa... uma réplica em meio ao ataque. Nada justificável... Aprendi a ser um monstro... e isso é o que deploro.... nunca gostei de monstros.
Não fui boa... e me julguei uma tola crescida... Antes fosse a boba carente de sempre... seria melhor pra mim e melhor para dormir a noite... Se crescer, nesses 365 dias que passaram, signficava ser um monstro... devia mesmo ter permancido criança, boba, menina...
Não hei de ser reconhecida pelas batalhas vencidas... não vale a pena. Talvez seja surto de ano novo... mas não vem só de mim... é algo mais forte aqui dentro que bate e avisa... as vezes a gente acorda e se dá conta que ser um joguete do Diabo não faz bem... só maltrata e abandona. Mesmo não sendo fácil deixar de ser má... há de vir um esforço. Sem demagogias... apenas as tentativas de quem foi avisada... e leu e estudou e pesquisou, foi medida e foi reconhecida insuficiente. Viu o que é ser bom e sabe que só é nada.
Ninna... medida, analisada... e considerada insuficiente. Um monstro insuficiente... um joguete... de quem só ri e graceja, ao apanhar uma nova vítima.
P.S: Porque o nome do post é persona?!
De Jung, o teórico da psicanálise, o que constitui a personalidade do homem são vários 'estágios'...
O primeiro,a persona, é a máscara do ator... o que ele mostra e de fato não é. As qualidades aparentes, que na busca de si mesmo, são as primeiras a serem refutadas.
Persona. O que aparentamos ser, nem sempre somos.
Um comentário:
Merece cinco estrelinhas...porque no final...lembra quando me disse que não há mal algum em ser fraco ? Neurótico ou sei lá...pois é...pra ser mais feliz devemos nos permitir...ser fraco e forte (whatever)...e o galeto está de pé...bjuss
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