... na sensação que se tem ao acordar dum sonho... quando, naquele meio segundo, o eu do seu presente viaja, em transe, e se distancia do eu do futuro.
Foi o telefone que tocou enquanto pensava, que me fez pensar o meu próprio eu, que embora bem presente, não passa de futuro remoto. Quem sabe, o toque do telefone não foi a oração sofrêguida respondida... quem sabe não cabe a mim agora aceitar.
Quem sabe as lágrimas desconcertantes que caíram enquanto a voz ao fundo falava não foram reflexo do que se passa aqui dentro. Quem sabe...
Aprendi. Aprendi muito, e em meio a golinhos de café e coca-cola, e a conselhos de amigos que sugeriam um descanso, um tempo [afinal, ligo demais pras coisas], me vi um ser que nunca tinha sonhado ser... me descobri professador, uma ferramenta...a mais estranha das que existem. E não me arrependo de não descansar.
Me vi de perto e gostei da imagem. Vi um prédio todo de vidro, uma parede gigantesca que assusta ao primeiro toque, um mestre e profissional, um compromisso... e em meio a tudo isso, vi a mim mesma de longe, assistindo... um prelúdio de mim mesma... uma verdade que ainda vai ser. E só será se Ele permitir. Porque é Dele toda minha essência. É Dele.
Então, porque como em predição, vejo o eu do meu futuro, eu aguardo. E só peço: Jeová, enxuga as lágrimas ao telefone. E ampara minha decisão.
Ninna... 30 horas não são 50, meia promessa, não é promessa. Sou só professora apaixonada... sou mais forasteira em encruzilhada.
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