quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Eu, serena... sereníssima

Quantas vezes podemos ganhar a mesma música? Quantas vezes, entre conversas a noite e brincadeiras no escuro nos vemos alí, estampados numa frase, numa canção, numa descrição perfeita, na poesia perfeita, pelo poeta perfeito? Um silêncio altíssono... uma coisa que foi, outra que ficou. Como são bem-vindos os meus paradoxos! E não, eu nem sou a menina-enigma. Eu sou só menina, sou sereníssima, sou bossa-nova, sou cadência. Eu sou um beijo!!!



Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta o meu desejo

Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece

Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas

Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades,
Tínhamos a idéia mas você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de idéia

Já passou, já passou - quem sabe outro dia.

Antes eu sonhava, agora já não durmo
Quando foi que competimos pela primeira vez?
O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe
Não entendo terrorismo, falávamos de amizade.

Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido

Você espera respostas que eu não tenho
Mas não vou brigar por causa disso

Até penso duas vezes se você quiser ficar.

Minha laranjeira verde, porque está tão prateada?
Foi da lua desta noite, do sereno da madrugada
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo.

[Legião Urbana - Sereníssima]


"Agora eu vejo, aquele beijo era mesmo o fim. Era o começo, e o meu desejo se perdeu de mim..." era desejo.


Ninna... na Ode à musica ganha, descrição exata, conversa barata...dona do passado mais presente que futuro, dona dum beijo mais bossa-nova, dona da saudade inexplicável, dona de toda a poesia do mundo.

2 comentários:

29 disse...

Perfeito! e pra'lgumas situações o beijo sela um fim...seria melhor ou pior não ter acontecido ?

Ninna disse...

Melhor... sempre melhor ter acontecido. Caso contrário, a imagem e a agonia do não acontecido ficariam pra sempre. E o beijo... ah, esse sempre rende uma noite boa e um post saudosista... e as vezes, a memória do beijo trás de volta pessoas.