sábado, 30 de outubro de 2010

Driving slow on Saturday Morning.

E pra encerrar o sábado cansativo... quando em meio a abóboras e bichos asquerosos, eu me perdia em medidas e dietas frustradas... um embrulhinho pequeninho no fundo do armário. Tão fofo quanto o carinho, daquela ideia que não prometia ir longe. Era o Clube de Trocas... cada um a cada dia, deveria agradar o outro... com um dvd, uma série, um bombom, uma atençãozinha. E recebi, muito embora não tivesse me dado conta do carinho... a atençãozinha de alguém que lembrou.  E foi tão bom!
Ele gravou todos os episódios em dvd... Grey's Anatomy em sua sexta temporada. Sentou a frente do PC, baixou, legendou em inglês, do jeitinho que eu queria pra poder aprender as expressões médicas, sincronizou, gravou, fez dedicatória, escreveu um bilhetinho que é melhor nem traduzir em público, embalou no papel rasgadinho da Hello Kitty [habilidade zero, talvez porque ele não fez o Jardim de Infância], colou um Serenata, esperou eu ir pra sala e colocou no fundo do armário debaixo de livros e dólares! E foi aí que fiquei assim... uma Teddy. Toda Teddy!

E a Loira chegou bem no meio da conversa... roubou o dvd e levou pra casa antes de mim [e ele nem ficou zangado]... por isso não tenho fotos pra mostrar como meu agrado foi fofo. Por isso, e porque esse blog tem ouvidos e olhos de mais. E ouvidos e olhos me bastam. [...]

E semana que vem é minha vez... no Clube da Troca... talvez eu leve meu Sex and The City [mencionei que comprei a 4ª e a 5ª temporada em promoção na Americanas?]... talvez eu encontre Supernatural daquele jeitinho... talvez eu baixe Mike & Molly... talvez eu agrade alguém.

Ninna... eu bem que queria meu Grey's Anatomy handmade agora. E bem que eu queria não estar tão Teddy...e talvez eu apague esse post... e talvez não empreste meu mimo a ninguém... talvez a Loira nem devolva.

Ninna... e até esqueci a cena da Aranha Halloween.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Desejo do dia...




... ser essa mulher de branco na foto! 




Loira feelings today! Tudo culpa da Loira... 

domingo, 24 de outubro de 2010

Fragmentos do dia que não foi...

...e foi ao mesmo tempo. Porque sendo loucura... não deixa de ser bem-vindo.

"E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor?!"

Daí que me entrego, fecho os olhos e mudo meus preceitos. Sendo sombra, sendo lado... sendo frente e costa do amor que se vê. E é essa a magia da coisa... de viver, se deixar levar e mudar o cenário como que em festa, como que em teatro. A magnitude (i)magética de ser livre, ainda que fincado ao chão, de ser mutável ainda que estanque. Ah, meu dia! Meus mundos e desmundos... minhas referências!





"Ah, me socorre que hoje não quero fechar a porta com esta fome na boca, beber um copo de leite, molhar plantas, jogar fora jornais, tirar o pó de livros, arrumar discos, olhar paredes, ligar desligar a TV, ouvir Mozart para não gritar e procurar teu cheiro outra vez no mais escondido do meu corpo."


Ninna...pílulas de Caio Fernando Abreu e os fragmentos do dia que não foi... ou foi... e ninguém viu.

...fome de beber... sede de aquietar... 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Condicional



As músicas as vezes mostram ter vontade própria... aparecem no momento certo e são só pra nós. E lembrei, porque hoje é um dia azedo... e precisava mesmo de uma música doce. Recebi por bilhetinho virtual um trecho, feito especialmente pra mim hoje. E vi a afirmação do que queria quando apareceu uma janela na tela do computador... esperavam por mim, mas não fui. Recebi e me encontrei só com a música. E fui feliz, ainda que seja felicidade condicional...


Condicional Los Hermanos


Quis nunca te perder
tanto que demais
via em tudo céu
fiz de tudo cais
dei-te pra ancorar
doces deletérios

e quis ter os pés no chão
tanto eu abri mão
que hoje eu entendi
sonho não se dá
é botão de flor
o sabor de fel
é de cortar

eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu, muito bem

quis nunca te ganhar
tanto que forjei
asas nos teus pés
ondas pra levar
deixo desvendar
todos os mistérios


sei tanto te soltei
que você me quis
em todo o lugar
lia em cada olhar
quanta intenção
eu vivia preso

eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu
o que eu queria o que eu fazia o que mais?
e alguma coisa a gente tem que amar
mas o que não sei mais

os dias que eu me vejo só
são dias que eu me encontro mais
e mesmo assim eu sei também
existe alguém pra me libertar



Ninna... nos dias que me vejo só, são os dias em que me encontro mais. E mesmo assim, eu sei também, existe alguém pra me libertar... e esse alguém talvez seja eu.


Condicional... música doce prum dia azedo.

Cara Amarrada


Sai de casa hoje só pra passear de ônibus. E não, nem foi proposital; foi um infeliz imprevisto. E eu, amantes de ônibus lotados e fedorentos como sou, fechei a cara do começo ao fim da viagem. Não poderiam esperar diferente... Achei que teria aula de11:00 às 13:00, peguei o ônibus que sai do Centro, mas não adiantou... a professora não foi dar aula, e não tiveram a sensibilidade de me avisar. Custava ter avisado? Podia até ligar a cobrar que eu nem me importava... 

E voltei à Casa [com letra maiúscula por motivos próprios... e o nome é sempre acompanhado de um adjetivo]. Depois de uma viagem de uma hora e meia da UFMA pra cidade, cheguei esperando um pouco de sossego, mas foi difícil... encontrei o gato, papagaio, cachorro do vizinho, neném chorão, cunhado do concunhado, avó, irmã, sobrinha e todas as referentes escatológicas de uma família grande e barulhenta que nem sequer é minha! Haja paciência! [e eu que já nem tenho muita...] 

...Eu só queria fazer as unhas... banho de lua... ler o livro... passar rapidinho na APLIMA... sessão e meia de joguinhos no PC... teacher tube.... mas quando planos são rasos, desastre é coisa pouca. E nem adianta ir pro quarto... a moça aqui de casa se recusou a limpar... vai ver que sou chata mesmo, mimada e faço nojinho pra tudo. Fazer o que!

Talvez eu ache algo pra fazer... algo que não me deixe assim com tanta cara fechada. Há muitos intrusos no meu mundinho cor-de-rosa. [...]

 Agora a família grande, barulhenta está fazendo barulho na porta. Coitados dos vizinhos! Se pudessem, decerto elaborariam uma lei especial pra situações como estas. E eu, ao invés de Letras, deveria ter feito Direito... ou melhor, deveria ter nascido filha de desembargador, ou mesmo a própria desembargadora... 'desembargaria' uma lei que proibisse a inconveniência. Todos os inconvenientes enfrentariam a cadeira elétrica ou prisão perpetua. Meu mundinho seria cor-de-rosa...

Mas tudo bem, mesmo que não fosse cor-de-rosa... podia ser um amarelinho, bege... creme. Fala sério! Tinha que ser cinza a maior parte do tempo?! Papai não vive mais com mamãe e agora eu chego e minha casa vira temporariamente o Vietnã. Sou traumatizada... e só fui perceber isso 11 anos depois! Preciso de ajuda! Ou então de tampões de ouvido!!!! Talvez terapia... Isso! Enquanto minhas amigas fazem balé ou qualquer outra coisa que elas estejam fazendo, eu vou alí rapidinho pra uma sessão de terapia. Vai sair caro e minha sogra por certo vai ter uma síncope [imagina o bebezinho de mamãe namorar uma louca de pedra traumatizada que duas vezes por semana vai ao psicólogo lidar com a falta de um mundo cor de rosa!!!]... e papai não vai ter dinheiro pra pagar... O Respectivo vai querer terminar, CNA vai me mandar embora e meus alunos não vão me chamar mais pra Rrrrred, mas talvez seja uma boa. Ou talvez eu só precise ler a Bíblia, ou estudar, ou casar, ou passar num concurso pra Prefeitura de Paço do Lumiar... Vou pensar nas minhas possibilidades.

Ninna... hoje eu andei de ônibus só pra passear, mas eu nem queria. Hoje tô de cara amarrada, e nem é TPM... é só estado crônico de melancolia. Alguém cura?!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

07 de Junho de 2009

Falei sobre isso aqui, e por alguma razão, hoje resolvi lembrar. Diazinho estranho... bateu saudade do que não fazia falta até então. Lembrei de pessoas... odeio perder pessoas. E ainda que seja clichê lembrar... a dor e o desconforto passam, mas ficam as marcas. E de marcas vivemos... acreditando que possam nos fazer mais fortes.




22:21 e as sombras do que foi meu dia

Não poderia defini-lo com angústia. Uma certa apreensão, eu diria, embora ache mesmo que dormência seria a palavra exata.
Um dia morno, dormente, abstrato... como pareceu ser os últimos. Não pelos motivos que outros possam supor, mas algo em mim, que outrora explodia... está aqui, escondido, intacto... adormecido. Espanto-me, claro. Dessa vez minhas atitudes surpreendem a mim mesma. Mas dessa vez, reconheço em mim a certeza de não receber menos do que mereço, ou pelo menos, menos do que espero.Em todos os aspectos.
Em não abrir mão de meu orgulho, e oferecer um ombro amigo à alguém nem tão disposto assim. Em não me colocar em situação de vulnerabilidade, mesmo precisando parecer vulnerável. Não por achar que não esteja errada, mas por já ter me visto várias vezes na mesma situação e saber exatamente como termina a cena, exatamente a marcação de cada cenário, as falas, a soberba... e a fidelidade pacata e pueril. Não por achar que não me afete. Talvez sim, talvez afete mais do que eu mesma reconheça, mas por dessa vez, achar que, ou tentar achar que mereça um final diferente.
"Não existe lugar vago", foi o que cresci ouvindo. De fato, parece frase boba, de criança, mas o fato é que, quando a gente cresce, essa frase começa a se mostrar mais real do que achávamos.
Não existe pessoa insubstituível. As pessoas passam por nós, nos atravessam, mas poucas são aquelas que ficam. Algumas demoram um tempo, nos marcam mais, mas independentemente do quanto queremos que elas fiquem em nossas vidas, elas vão embora.
No entanto, felizmente ou infelizmente, a presença delas, a sombra delas, não permanecem para sempre entre nós. Em um momento ou outro, por um motivo ou outro, surgem outras pessoas que ocupam o vazio deixado. Pais, filhas, namorados, amigos... ninguém é insubistituível. O ser humano precisa de presença... não importa qual seja. Precisa de afeto, e tateia desesperadamente alguém pra lhe suprir essa necessidade.
Já sofri a dor de não ser insubstituível pra alguém muito importante, mas aguardo pacientemente a hora que alguém não será insubstituível pra mim também. Não pra provar a sensação, não por vigança, como quem brinca de fogo cruzado, mas por simplesmente não precisar gostar de alguém. Simplemente para me desligar da necessidade de me importar.
O tempo passa, e inevitavelmente, as pessoas se tornam substituíveis. Simples assim. O que antes era necessidade visceral de impedir que alguém vá embora, com o tempo vira conformidade. A gente se acostuma com a ausência... A gente se acostuma a não ter, a não ver, não falar. E assim, felizmente, ou infelizmente, a gente deixa de se importar. E é assim que a gente perde amigos.
De novo, não é angústia, não é decepção por um OI não respondido... muito menos raiva. É mais uma dormência, um algo que não vê mais importância. A conformidade de quem vê alguém indo embora, e embora tenha forças pra lutar, simplesmente não se importa. Com o tempo, já NÃO IMPORTA TANTO.

Ninna assinou... ainda no processo... se acostumando a não ter, não ver, não falar. Se acostumando com a ausência. Em todos os aspectos.

domingo, 10 de outubro de 2010

I'm only an English Teacher... and I like it!!!!


Dia 15 de outubro bem ai, e eu de tão bom humor que posso até esquecer que é feriado e estou sem dinheiro...
E se alguém me dissesse há 2 anos atrás que estaria feliz por um 15 de outubro que se aproxima, ou que me reconheceria em sala de aula enrolando a língua pra marmanjo ouvir, olharia pra esse alguém e rolaria de rir! Impossível, eu diria. Mas, como já é de se imaginar, na minha vida acontecem tantas coisas improváveis, suspeitosas e ortodoxas que eu bem que poderia ter previsto... 
Cá estou, ainda que de bolsos vazios, nesse momento pseudo-reflexivo sobre meus atos de professorinha. Freud explica... ou Jung... sei lá. Cristiano?! [...]

E sim, é cansativo. E sim, quase todo tempo acho que deveria ter ouvido papai e ter feito engenharia... Mas não dá pra esquecer que, pra essa moça calada, uma boa sala de aula é palco. E eu bem que me reconheço exibida. 
Danço, canto, falo alto, sorrio, pulo e me faço de palhaça... Pode ser que me entendam ou não, mas o que me falta lá fora, em quatro paredes me alaga! E quem me conhece pra valer, desconhece. Mas e daí?! Eu sou feliz exatamente desse jeitinho... mesmo com os 7 ônibus diários, mesmo se tenho falar com pai chato de aluno, mesmo sem dinheiro no bolso em pleno 15 de outubro. 

Sou feliz por acordar as 6h de um sábado preguiçoso, com a cara inchada chegar numa sala cheia de jalecos e receber aquele abraço! Sou feliz por um bando de marmanjos que pegam na minha mão e chamam O Respectivo de louco por me dar uma aliança. Sou feliz por ser lembrada... seja quando voltam da França e me trazem um perfume francês; seja quando me oferecem um quarto pra dormir quando visitar a Times Square; seja  quando me convidam pra uma festa de 15 anos; seja quando dissimuladamente adultos se comportam como crianças e é sempre festa; seja por ser tratada como adulta, mesmo sabendo que eu sou a criança; seja por ganhar um Cacau Show toda segunda e quarta...
Sou feliz porque me pintam de verde, sujam meu jaleco, me chamam de 'thicher', me puxam ali no cantinho pra tentar me convencer a ir pra 'Rrrrred Club', ou tomar aquele chopp depois da aula, mesmo já sabendo a resposta... ["teacher é teacher mas também tem sede, uai!"].

E porque não dizer que sou feliz também só por ter aquela preguiça medonha de voltar pra casa?! Sou feliz só por poder dormir alí naquele banquinho vermelho, o velho amigo, sem dar a mínima pra quem vem... Sou feliz só por receber a mesma resposta todo sábado de manhã. E sou feliz por engordar horrores, só por ser teacher... só por ganhar chocolate, cocada, doce de leite, headband, email, perfume francês, brinco,cordão, pulseira, pão doce, dvd, bilhetinho, coração, e silêncio quando rodo a baiana... por gastar todo o dinheiro extra do mês pra levar a galera pra comer panqueca alí do outro lado da rua. Sou feliz simplesmente por ter que matar um leão por dia, e fazer papel de palhaça em sala de aula, pra esquecer.

Ninna... eu bem que podia ter feito engenharia, mas a minha falta de habilidade com os cálculos é compensada pelo melhor de mim em uma sala de aula.

Feliz Dia dos Professores!!!!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Souvenirs of a Filthy, yet Beautiful Mind - Parte 0



She was thinking about the music she had receive. She didn't know how to explain, how to put in words... It was so very complicated to talk about the feelings she used to have. It was love, it was vain... she couldn't tell. She just remembered that feeling of accomplishment of everything the wanted. Maybe it was real... even if it was vain. 


And all the references in her head... upside down, head over feet, wondering why did you come... It wasn't certain, maybe was only in her head... like all the references she used to be proud of. Past hurts, even when it's kind... even when it's useless... Future terrifies, even when it promisses. Present isn't so certain...


He was right in front of her... with the whole life to come - nothing else should matter, nothing else should scare her. He was right in front of the door, with promisses to come. And even if this could mean the world to someone else, for her it was nothing. Nothing... with the entire life to come.... with everything to come. 


And by that moment, all the references in her mind rejoiced with the sound of fear. She was the distraction in person, ready to meet her mates.She had to respond in action, to give and answear to life, but all she could do was smile and rejoice with her references. And was all in  her head ... with a lifetime of distraction to come. Cause sometimes - she used to tell to herself- the fear of growing up does not vanish.


Ninna... memories dancing around her pride.... mind... joy...hither and thither, hither and thither...




After all this while
Would you ever wanna leave it?
Maybe you could not believe it
that my love for you was blind...
But I couldn't make you see it
Well, I couldn't make you see it
That I loved you more than you will ever know


a part of me died when I let you go...