segunda-feira, 5 de março de 2012

Trôpego

E de repente, eu tenho tenho 17 de novo...
E se eu pudesse ter visto o eu do meu futuro... Não saberia o que significaria ter tanto orgulho. Para aqueles 17, pro meu eu de hoje... esse meu eu entorpecido, cambaleante, trôpego. Porque tudo o que sou hoje, foi aos dentes que consegui. Tenho as marcas as mostrar...
Eis então o meu troféu... guardado desde os 17.

"E me tornei assim... trôpego, entorpecido
Mal posso sentir você aquiE me tornei assim... tão cansadoMuito mais conscienteEntão me transformo nisso,Tudo o que eu quero fazerÉ ser mais como eu souE menos como você é[paráfrase de Numb, que embalou os 17]





Ninna... meus defeitos,minhas garras quebradas, minhas graças e minhas marcas... foram aos dentes que consegui. E eis-los aqui... pulsantes. Minha recompensa.
17, tenha orgulho. Você construiu.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Amadurecência

Esse Teatro Mágico... os acordes que embalam as dores de crescer.
Me falaram que não sofro mais como antes... o bom humor prevalece. E as lágrimas já não caem no mesmo rosto de outrora... criam um novo desenho, emolduram um novo rosto,molhando os mesmos monstros de antes, num novo jeito de cair. Essas dores de crescer... essa amadurecência...





A poesia prevalece!!!
O primeiro senso é a fuga.
Bom...Na verdade é o medo.
Daí então a fuga.
Evoca-se na sombra uma inquietudeuma alteridade disfarçada...
Inquilina de todos nossos riscos...
A juventude plena e sem planos... se esvai
O parto ocorre. Parto-me.
Aborto certas convicções.
Abordo demônios e manias
Flagelo-me
Exponho cicatrizes
E acordo os meus, com muito mais cuidado.Muito mais atenção!
E a tensão que parecia não passar,
"O ser vil que passou pra servir...Pra discernir..."
Pra harmonizar o tom.
Movimento, som
Toda terra que devo doar!
Todo voto que devo parir
Não dever ao devir
Não deixar escoar a dor!
Nunca deixar de ouvir...
com outros olhos!


Ninna... a dor?! Já não é a mesma...
...mas a poesia, ah, esta sempre prevalece!


Intertexto: Amadurecência - O Teatro Mágico

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Abaçaí

Abaçaiado.

"Na mitologia tupi, abaçaí é o nome de um espírito malignoque se apossa de um índio deixando-o enfurecido,logo quem está enfurecido, tá abaçaiado!" - Fernando Anitelli.
Não esperem deste um palco apar de uma tristeza. Não esperem tiros de fogo, nem atos de loucura inerte. Não esperem nada. Meu espírito é possesso, enfurecido, consígno de mim mesma. Uma dor não errante, um pulsar sem candência. Não há dor. Como um tal tupi que de posse de outros, se mostra e se vende... arranca aos dentes tudo o que lhe faz mal, lhe fere, lhe sangra. Eis aqui um tupi, enfurecido, não-inerte, esse efêmero abaçaiado."É assim que eu vou..." Não esperem um espetáculo para tolos. Eis aqui um ensaio de mim mesma... uma prosa em homenagem à dor inexistente, o cumprimento (e não promessa) de se guardar apenas o que é mutável. Contraditório? Não, pulsante. Porque reinventar-se (palavra tola) é o motivo e razão disso tudo. Esse tal ato de arrancar a metade podre de si mesmo aos dentes.
E abaçaiada estou... um espírito possesso dentro de mim. Um quê de malígno, esse tupi revisitado. Fechem as portas aqueles sensíveis, mudem de canal os que esperam uma pseudo-motivação. Não há dor. Não há nada, não há vitrine. Abaçaiada estou... eis aqui o meu espírito. Rasgando aos dentes tudo o que me intoxica... me envenena. Cortando as raízes que sustentam meu edifício inteiro. 
"Das lembranças que eu trago meu perdão e meu rancor". 
Ninna... 
E o que resta é sem sentidoFico perdido, sem direçãoFico danado e nado o que for precisoEm busca de um porto pro meu coração...
Abaçaiado - O Teatro Mágico

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Sense and Sensibility

Amo o modo como algumas paixões vão e voltam na minha vida... Paixão por tudo... por pessoas, trechos, intertextos, referências, livros. Principalmente estes últimos. Sejam eles aqueles que ficam alí, na biblioteca improvisada no guarda-roupa, sempre à espera da oportunidade perfeita para serem acabados, ou ainda aqueles novos, os sempre clássicos que te encontram no momento perfeito da sua vida. Sim, porque livros merecem anos especiais, momentos especiais e maturidade perfeita para serem livros. Amo como essas referências vão e voltam... como posso me apaixonar momentânea, etérea ou efemeramente por livros e seus autores. Não importa em que momento da vida aconteça ou (re)aconteça a paixão, eles sempre estarão lá... no momento certo, pra leitura certa, pro teu aprendizado certo. Jane Austen, seja bem-vinda novamente!


Eterno Lunário... e como um livro na estante, meu canto, meu recanto, sempre à espera do momento certo pra me apaixonar e me encantar de novo. Eterno, seja bem-vindo novamente, meu eterno ouvinte, meu companheiro, meu grito  altíssono. Bem-vindo!






Ninna... num cambiar de ideias, num dia torto, feliz, triste... a lira que embalou esses pré-23 anos.