domingo, 27 de dezembro de 2009

Poupee Girl

E eis que volto para os dias de menina...
Mesmo quando os tão falados 21 batem a porta da menina do quarto cor de rosa, as manias antigas não vão embora.
Lembram daquelas brincadeirazinhas de menina... de vestir boneca, brincar de desfile de moda,bancar a stilist? Lembram? Certo... agora transfiram tudo isso para o século 21, tamanho 2010...com toda a tecnologia japonesa... conseguem imaginar?

Bom, se conseguiram, agora pensem um pouquinho menos. Acho mesmo que fiz uma tempestadezinha por nada. Tô falando de uma coisinha chamada Poupee Girl. [clica ai]
... que é um sitezinho bem rosa, meninão, com cara das harajukus. e lolitas.

Sou novinha por lá, mas nesse período de folga, quando eu mais ou menos que 'botei o jaleco pra lavar' (piadinha interna), descobri num desses blogs preferidos da vida o Poupee (pronuncia-se pupe), que é o seguinte:

... um site japonês, com versão em inglês e um tutorial em português, de moda e estilo. Lá você cria sua poupee, bonequinha virtual que você pode brincar e vestir a vontade. O site tem sua moeda interna, que são os ribbons... tudo o que você faz, perde e ganha ribbons.
Você tira foto das suas coisas -tipo roupas, acessórios, maquiagem, e blá blá -posta no site e ganha dinheirinhos. As pessoas olham, comentam e você ganha dinheirinhos. E com esses dinheirinhos bonitinhos, você compra roupas de marcas famosas e etc e tal, e vai ficando rica e poderosa, etc e tal. Legal.

Não se interessou? Sem problemas, não precisa dar bola. Basta só me ajudar. Faça seu cadastro, saindo do link desse blog. Assim eu ganho dinheirinhos e vou comprando coisas.

Achou esse post ridículo? Tá me achando uma criançona sem infância? Sem problemas... eu tô de folga, morrendo de saudade do meu jaleco, de bobeira num mês absurdamente pagão, e cá entre nós, em alguns dias os maravilhosos 20 chegarão ao fim. Eu tenho mais é que aproveitar e ser menina... os 21 podem assustar.


Ninna... há coisas bem legais por essa rede.

domingo, 13 de dezembro de 2009

And heaven knows...

E quando tudo pareceria por fim, sucumbir à calmaria e normalidade, eis que surgem velhos e novos problemas e enredos agridoces...
... há quem escolha versar sobre guerras e tragicomédias. Eu, por outro lado, traço apenas as linhas da vidinha morna, esta que me sobrevem agora, após cenas trêbadas e 'sofrêguidas' [suspiro]
Que a mornidão dos dias escaldados não seja como o silêncio que precede o esporro.... há tanto ainda que ser dito, sem ser professado. Há tantos ainda que vivem e nem se dão conta, e aqueles que se enganam, falando pra ninguém ouvir...

Acabariam assim, esses 365 dias que trouxeram na cuia boas e más surpresas. Há quem tenha vivido [anda-se falando muito disso, talvez seja culpa da novela]... há quem tenha se descoberto entrelinhas, há quem se veja protagonista, quando se é apontado, sem receio como vilão. Há quem seja de fato o vilão. Há quem espere com certa angústia uma carta que não chega... e sobretudo, há quem prefira estipular as regras claras do embate.

[...]

Vidinha morna, quieta, silenciosa e calma... onde o tudo e o mais resumem-se, como iguais, a se dedicar à cor perfeita do esmalte, o vestido certo para a temida festa e a frase ideal a ser publicada... personagens de um romance médico, linhas de uma dissertação política... aquela da carta que não chega nunca.
Diazinhos quietos estes que derretem... onde fica a aflição pelo que ainda não aconteceu e talvez nem aconteça. Como basear-se e viver apenas à marcê do 'se'?

Como ignorar a saudade que bate aqui o peito, por algo sem dúvida passageiro e inconstante... e o sentir falta do que ainda nem foi presenciado? Esses dias pacatos e calados chamam a loucura e a insensatez... essa vontade de deixar as coisas simplesmente inexplicadas... para que não haja mais fogo, nem possibilidades. Vale isso a tudo... vale isso aos quatro cantos dessa vida muda, surda, cega... muda. Que mude ou que não mude... que tudo o que foi de mais importante e prazeiroso saia dos trilhos, dos planos, da agenda, da conta... que não saia. NÃO SAIA... porque é possível crescer aos poucos, e é possível perceber a mudança em si mesma, quando aquilo que foi falado ali no banheiro, no quarto escuro, no muro... não gera mais o mesmo desconforto que talvez gerasse antes.
É possível ver a mudança, os centímetros somados à personalidade ambígua, ao caráter 'faccional' [ih?] dessa meninha fraca e previsível... é possível ver que agora há a inércia que antes era inquietude quando havia guerra. Tudo isso é culpa do novo. O novo abre as asas de quem antes não voava... o novo vem e mostra que há vida, e há vida inteligente fora desse mundinho pequeninho de ti-ti-ti e conversinhas absurdas... há vida fora do dedo apontado, fora do quarteto de pares, fora do orgulho e da falta de relações interpessoais fortes.

[...]

Tudo culpa do novo... talvez até dessa vidinha pacata que se instalou nesse mês pagão... tudo culpa deles. Porque sim, embora aqui more um medo danado de mudar - de perder o que houve de mais agradável e maravilhoso nesses ultimos dias, do cheiro que não deixava dormir a noite, do abraço que veio e deixou questões, de não receber nunca aquela carta- não há como negar, que essa guerra fria, meio torta e não declarada não era como se imaginava. Culpa do novo... das mudanças de hábitos. Nada foi como deveria ter sido... foi muito mais sério do que imaginávamos. Não mudaram atitudes, mudaram personalidades.

Essa guerra torta, não declarada, silenciada não causa mais o que causava antes. Ninguém morreu, mas todos mudaram e se moldaram à mudança. Que seja assim e que não seja... como as páginas amareladas da história contam, em tempo de guerra, cada um vive como pode, e se pode. Você lá, nós cá, eles em outro canto. E de conflitos quietos e disfarçados, cada um infere o que quiser. Fiquemos então todos calados... vivamos e esqueçamos do jeito que pudermos.


Ninna... não peço leitores para este blog, muito menos apreciadores. Vê aquele X vermelho no canto superior direito da página? Leve seu mouse para lá.

Ninna... pacatamente ou não, espero uma carta e uma resposta que não chegam nunca. Levo a vida, nem que seja na expectativa e na saudade de passinhos lentos e voz mansa... ou na calma e conformidade com as mudanças desses dias frios. Quase um ano... e a lei do mais forte está ai... será que Darwin estava certo?



[Cuidado ao se deparar com palavras mal escritas ou letras não colocadas. O texto não foi revisado].

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

2012

"... the broken locks were a warning: you got inside my head!"
As trancas arrombadas foram o aviso...

Dizem que o calendário mais acaba ai. Enquanto isso, no mundinho moderno, a trancos e barrancos, de mala e cuida há quem leve a vida, respirando aos poucos, sufocando bem o que grita em uníssono. Não dá pra evitar o que é mais forte. Há quem discorde!

O relógio que não anda é o conforto da noite que não passa... e aos poucos pode-se sorver e analisar o que foi... sob cada aspecto, cada foco, imagem de cada câmera...interlúdio da vida, dos passos recitados, dos versos receiados... do que não foi ouvido. Anseiar o sonho que não vem... estar em completa e agradável transe.

'... I'm looking for purpose... I'm looking for air.'

Já é tarde, mas ainda assim o tempo parece não passar... como olhar pra frente e ver as possibilidades... tudo que se encaixa tão perfeitamente quanto em projeto. Tudo que está ai tão pequeno, e tão perto, mas ao mesmo tempo tão improvável. Aquela vozinha baixinha que você escuta, o toque do sinal, o convite feito... Tudo que dá vontade de gritar e alardear aos quatro cantos. Tudo que te leva embora... a desculpa pra poder ficar naquele cantinho, onde tudo acontece... o motivo pra poder falar... pra poder esculpir de delícias cada fragmento do que pode ser, mas não é.

Cada um vive em si mesmo o que não lhe é permitido viver em outros cantos. Em cada íntimo está a realização que é tomada lá fora... e aqui, as coisas acontecem, mesmo que pareçam mentira a outros. Aqui pode-se tatear sem vergonha por ar... aqui as fechaduras são tomadas, e as trancas arrombadas... aqui se está, mas pensa-se em não estar. Aqui se ve o afago, mas se pensa no descontentamento. Aqui se modela e também se finge. Aqui há espaço para paisagem e teatrinhos que divertem.

Não há mais trancas, não há mais porque e 'pra quê', não há ideias a serem roubadas, nem cenários a serem montados... só a mudança, a menor ideia do que fazer... há a novidade, a liberdade de se modular e ansear gritar o que há pra se gritar, há a liberdade de ir e vir dentro de si mesmo, de dedilhar insensatez, e sorver pequenos momentos de fuga quando se está preso.

Não há mais trancas... está tudo aqui dentro, livre e disperso dentro de cada detalhe... não há mais pudor, tudo é sorvido e detalhado como deve ser... cada surpresa e cada convite não ouvido, cada passo dado dentro do contexto... tudo é livre dentro de si mesmo.

Não, não há mais amarras...

Ninna... momentos de loucura e insensatez. Tudo perdido e livre aqui dentro, regado à polidez e um calendário maia... o fim do mundo [para alguns]. Essa reticência comovente... uma regalia ao caos e às vozes gritantes em uníssono, um convite à vida adulta.

sábado, 5 de dezembro de 2009

A mulher do Viajante do Tempo...




Um livro conta a história, que reflete um pouquinho o velho enredo da vida nada ficcional.
Pra quem em meio à peripécias e conselhos tresloucados, pode reconhecer um quê de história já contada. [contraditório ou redundante?]

A mulher do viajante do tempo... [novel by Audrey Niffenegger]
... interlúdio da vida real. Entre cenas de novela, inquietude, desespero à moda inglesa e peças de sushi.



"It's hard being left behind. (...). It's hard to be the one who stays. (...) I keep myself busy. Time goes faster that way. (...) Everything seems simple until you think about it. Why is love intensified by absence?
[...]
He vanishes unwillingly, without warning. I wait for him. Each moment that I wait feels like a year, an eternity. Each moment is a slow and transparent as glass. Through each moment I can see infinite moments lined up, waiting. Why has he gone where I cannot follow?!" (The Time Traveler's Wife, Audrey Niffenegger- Prologue).


"É difícil ser deixada para trás. É difícil ser aquele que fica. Me mantenho ocupada. O tempo passa mais rapidamente desse modo. Tudo parece simples até você pensar a respeito. Por que o amor é insensificado pela ausência?

Ele desaparece sem querer, sem dar sinal. Eu espero por ele. Cada momento que eu espero parece um ano, uma eternidade. Cada momento é vagaroso e transparente como o vidro. Através de cada momento eu posso ver infinitos momentos, todos alinhados, esperando. Por que ele vai para onde eu não posso ir?!"

Ninna...
entre conselhos tresloucados, terapias de corredor e bambu, dese
spero à moda inglesa e peças de sushi.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Porque ler sobre Nova York...

É dezembro... e enquanto o mundo lida com disparidades e comemorações pagãs, uma partezinha de mim, tímida e euforica vibra por ter terminado assim... o que não foi... com inverdades e mentiras descabíveis. Talvez um plano mirabolante, um enredo pseudo- ficcional ou uma heroína de capa e galocha. Blá blá blá... que falem! O mundo é mundo mesmo... nada é imutável. Se não há explicação para o que é óbvio... inventar um enredo já é de proveito. Mentiras e mentiras descabidas... que vivam eles do seu jeito, com mentiras ou não.

Mas, em se falando de mentiras... aquelas que sangram entre um corredor e outro, há quem acredite que há mais fascínio por uma boa maneira, pela mão que afaga, e pela outra que apedreja. Outros dizem, no entanto, se ver encantados por lhes ser apresentado um novo mundo, novo cenário... como ir à Nova York e vê mesmo que é aquilo tudo que falam. Isso faz do mundo mundo e do encantamento e do fascínio pelo o que nunca se teve, a força que os impele a fantasiar os dias. Fantasiar...

"Amar como a feia na vitrine...', 'como o pescador que se encanta mais com a rede que com o mar'... não há o que defina o encantamento pelo que nunca se viu. Não dá pra evitar ficar boquiaberto, parado, inerte diante do que é absoluta e completamente diferente do que se tem. Os dias são feitos de segundos de fascínio... uma boa desculpa para ir dormir e sonhar o quanto antes.... o quebra-cabeça, o charme taciturno, aquela velha história do excellent bedside manners, a polidez, a beleza que emana da quietude e inquietação. O que falar, o que dizer, o que mentir... Ah, esse fascínio move mundos e deixa os dias mais sãos... esse fascínio que inquieta, que tira o fôlego, que balança a cadeira, deixa movimentos pausados. Esse fascínio que derrete... que é simplesmente reticente. Esse fascínio pelo livro que se lê... por encontar nas páginas amareladas aquela mesma história que é mentira, mas por ventura é também verdade. É esse fascínio que encobre os dias cinzas e anuantes...

E não há como definir... talvez um enredo, talvez o livro, o suspiro dado ao lado, o outdoor que passa despercebido pela janela do ônibus, a batida de carro que quase acontece... o desconversar, o ignorar coisinhas, o grito altíssono que não foi ouvido... a pergunta que você não ouve., o problema não resolvido, a incógnita não encontrada...talvez tudo bata a porta e diga: 'ei, eu sou tudo aquilo que você ainda não viu!'... é o fascínio por tudo e por nada... pelo que é e o que não é real... é a inquietude que vira calma. É o que é novo... e vale a pena ser sorvido.


Ninna...
'encantada, fascinada... por tudo o que é o que não foi. Como ir a Nova York, sentir Nova York, e constatar: 'uau! ISSO é Nova York!'

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Nobody knows where it might end up




Colocar os textos, planilhas e modelos do lado do computador, no puff de cabeceira, na tentativa de fazer o trabalho que não dá... recuperar o tempo perdido, na chance de ser mais responsável até o final do ano... NÃO. Muito melhor se render as delícias do ano que chega ao fim, às festinhas de despedidas, ao bolo do Auguri, o café escondido na cozinha [todos temem a gastrite]... uma desculpa pro bate-papo descomprometido.

Muito melhor dar pulinhos de euforia pela conversa que foi, ser a personagem principal de um romance. Acabaria assim esse aninho que me trouxe surpresas e experiências. Sabia que em um momento ou outro eu teria que crescer... pelo menos, deveria começar a crescer. E foi assim, de repente. Tão de repente quanto historinhas ao léu... como sempre foi. Essas surpresas que decepcionam e também empolgam... essas coisas que passam pelo caminho.

E a cada dia mais... a vontade de falar e gritar o que este blog não pode ouvir. O que tá aqui dentro... que o vizinho do lado sabe entre uma garfada ou outra. Se isso é viver a vida... é muito bom. Melhor que ser medíocre e se importar com coisas medíocres... melhor mesmo viver como se pode... entre decisões tortas e descabidas... entre cenas de novela, lágrimas e narrativas ficcionais. Melhor aproveitar o sorriso, as boas maneiras e encantamento a flor da pele. Muito melhor esse finzinho de tudo...porque pode ser que de uma hora ou outra mude. Nobody knows where it might end up.. já dizia a abertura de um drama médico bem conhecido. Ninguém sabe onde isso vai acabar... então, se só me resta uma semana, o resto que espere... Não somente a língua é um fato social. [trocadilho infame]

Ninna... nobody knows where it might end up... nobody knows.

domingo, 29 de novembro de 2009

[...]

Podia-se ouvir de longe o gritinhos abafados vindos da salinha apertada, no final do corredor. Jalecos em euforia por mais um final de 4 meses que chegava... mesmo que esse finalzinho se arrastasse por mais uma semana.
Passou... mesmo que tenha engatinhado boa parte desse novembro. E aquela sensação de que algo sempre está ali atrás, pedindo para ser sorvido... Aquele arzinho de novidade, a experiência que se aproxima aos poucos, a possibilidade da possibilidade...Que seria dos meus dias sem essas estranhas sensações? Sem esse olhar cúmplice, do nada... no meio do desespero? Ainda que amedronte.

[...]


O pequeno detalhe do dia longe predestina que qualquer supresa que apareça no caminho dá pra levar... dá pra lidar, me aprumar do jeito que sempre fiz... juntar os caquinhos do chão, sacudir a poeira, pedir perdão, me arrepender... Qualquer surpresa pode ser superada. Dá pra viver.

[...]

O friozinho do estômago antecipa que algo acontece... quer seja bom ou não... quer seja perigoso.


Ninna... o que era certeza, tornou-se inquietude.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Off

... ela morava em Michigan, foi de Canteburry para lá (onde quer que seja isso)... comia bluberries com paquecas no jantar. Burlou a assinatura do livro, aquela que dizia que eu sobreviveria a Londres. Um sonho tão longe, uma quase névoa que inspira o finalzinho apertado.
Ela burlou a assinatura do livro. Falava de um tal Ken e de uma tal Teddy (não a do seriado médico). Ela morava em Michigan... no lado direito, no cantinho do mapa americano. Da fraude... ficou em mim somente a lembrança... se você sobreviver a isso, com certeza irá tirar Londres de letra.
Se eu sobreviver... Se eu souber apenas aguardar o tempo que não passa, a resposta que não chega... se eu apenas superar tudo isso. Michigan... ela conseguiu fraudar a assinatura, e conheceu muito bem San Diego.

... ela viveu muito mais do que eu. Diante isso, eu meio em off, perdida aqui entre meses e espera.

Ninna... [dead poets society]... [em transe]

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

...then she comes, with her crown.

... então la chega, com a sua coroa.

Porque há mais e mais coisas entre o céu e filosofias vãs, do que supõem mentes imundas e belas. Porque está a vida... pra ser vivida a trancos e barrancos... nem que seja numa sala cheia de nerds e doutores, nem que seja no silêncio que precede o esporro. Do jeitinho que levamos a vida... do jeitinho que o biscoito esfarela. E nesse meio período, apareceu... aquela que espera.
Num finzinho de ano meio que demorado, a única solução pro trabalho que não foi feito, pro tempo que não passa... a espera até janeiro, a possibilidade do pedido deferido... a carta-resposta que não chega, a solução pra menina que já esperou... aquela que abriu mão do segundo, do minuto pra ter mais lá na frente a eternidade.

Os sapatinhos de boneca fizeram festa dentro do quarto. Pulinhos de alegria pela aguardada chegada... aquela que apareceu assim, no momento de loucura. Risos e risos... a vida um pouco de 'cabeça pra baixo'. Foi ele quem disse.

...ela chegou. Assim, com sapatinhos de boneca para deixar meus dias mais sãos.

"Clock time is our bank manager, tax collector, police inspector; this inner time is our wife"
- J.B Priestley (Man and Time).

terça-feira, 17 de novembro de 2009

...alive and kicking.



De todo aquele papo de se permitir sentir o que quiser, agir como se bem entende, reagir da maneira mais confortável, saber como tocar o desânimo... o que fica mesmo, na prática, é que cabe sim fazer cara de paisagem para o medo, e se aprumar... levar a vida da melhor maneira como se pode levar. Deixando pra lá o que precisa ser deixado... ignorando o que precisa ser ignorado... Se o luto vem para cada um, a seu próprio modo... com a vida não poderia ser diferente. Dá até pra esquecer que há vida também lá fora. Numa soma de 2 + 2, nem sempre dá quatro... nem sempre é tudo tão exato.



Quanto a traçar os planos... mesmo que seja importante aparentar segurança, vestir a roupa ideal, calçar o salto que aperta, mas que mostra pro mundo que você é você... o que dizer do que se sente lá dentro? Pode ser o que os outros pensam, mas pode não ser. Nem sempre as pessoas são tão previsíveis quanto nós achamos... e nem tudo pode ser usado como arma.


Calçar o sapato que aperta, passar as semanas estudando, orando, pedindo, acreditando... até dando pauta pro olhão azul que amedronta... o famoso "se permitindo"... quando o seu maior alvo, aquele que você aguardou a vida toda, aquele momento que você ensaiava, imaginava... a palavra certa a dizer, a expressão a usar... a segurança que você deveria aparentar, quando ele simplesmente atravessa sua vida, muda tudo e diz: "to aqui!"


Tô morrendo de medo... não existe mais segurança, muito menos cautela... a menininha desastrada, do jaleco sujo, do dinheiro não guardado tá aqui, tremendo a noite, louca e insone, com as mão geladas, gritando de uma sala a outra... com medo do que falar, com medo do que vestir, do que escrever... simples e puramente com medo. Porque o que ela mais esperava... aquele momento da vida toda, apareceu assim, de repente. Uma oportunidade de mudar tudo... que era esperada daqui à muito tempo, se adiantou e a tirou da cama... no meio da noite... pra pensar e escrever, duvidar se si mesma... coisa que não acontecia há tempos.


Se aquele negócio todo de se permitir é tudo isso mesmo... vale a pena testar. Pra mim, até agora funcionou... e continuo acreditando piamente na ideia de que vale a pena sim, curtir cada felicidade momentânea, e cada fossa fenomenal, cada planozinho, cada "alvozinho". Porque assim... ninguém sabe quando amanhã, o choro vai ser a mãe do riso. Chorar, todo mundo chora. E mesmo acreditando que isso tudo é um pouco piegas... vale a pena chorar, sabendo que você tem mais alguma coisinha a mais na bagagem... e que você se permitiu.


Nem sempre as guerras tem dois oponentes... as vezes é você contra você mesmo... ou você e seus alvos, seus critérios. E não dá pra ignorar que em tempos de guerras frias e mornas, um embate é a melhor forma de se conhecer alguém. E? Bom... eu me conheci um pouco.



Ninna... tremendo de medo... mas "alive and kicking". Hoje eu faço o que não faria.


Ninna... a vida passa, blá blá blá... mas, no meio do caminho... dá pra crescer bastante.


... e que amanha, ou venha o baque, ou a risada! [qualquer um dos dois vale...]




segunda-feira, 16 de novembro de 2009

... The way the cookie crumbles!

... do jeitinho que o biscoito se esfarela!
Quando não se tem o poder de mudar as coisas... o jeito mesmo é aceitar, e tocar a vida... do jeito que o biscoito se esfarela. Não interessa como... mesmo que seja deitada numa cama torta, com a enxaqueca amiga de todas as horas, com o medo e a aflição pelo alvo importante, por uma história a mais, com a crise de gastrite, com a oportunidade de consertar erros passados, com a inêrcia e indiferença à alfinetadas alheias. Há sim, mais coisas pela frente... não importa como aconteça.
Tanta coisa que acontece... e sob outro prisma, metade ainda nem aconteceu. Os dias passam e necessidade de se refinar aumenta... a necessidade de se modelar sob o fogo, como o ouro. De ter em vista um próximo fim de tudo. De repente, não vale mais a pena disputinhas medíocres sobre coisas medíocres. Não cabe mais ficar deitado, sucumbir ao desânimo... repudiar a humildade, a tentativa, o dar o braço a torcer mesmo quando se está certo... só porque os outros fazem, eu devo também fazer. Tem de existir vontade, acima de tudo... a humildade que emana da natureza própria... o inocomodar-se com o que está errado, sob o ponto de vista mais importante. Porque enquanto houver disputa, vai haver mortos e feridos. E para aquele a quem dizemos servir, não deve haver disputa. E quando se tem a razão... não importa muito quem dá a última palavra.
... quando não se pode mudar as coisas, o jeito mesmo é tocar a vida. Mas não sem antes buscar os caquinhos e farelos que cairam no chão. Ninguém muda ninguém, é fato. E como Shakespeare ficou famoso, "não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam" [todo mundo deveria nascer com essa ideia na cabeça...].
Pra que tentar mudar o mundo? Pra que se responsabilizar pelas ações e opiniões alheias? Pra que tentar colocar na cabeça dos outros, que não dá pra ser assim... a ferro e fogo o tempo todo... sempre a mesma guerra de braço, as indiretas... o blá blá blá. Pra que agir com os outros da mesma forma que eles agem? "Nunca dê às pessoas as qualidades e defeitos que são seus!"... ouvi por ai, não sei onde... mas o que ficou foi a mensagem... não dá pra esperar dos outros atitudes que são nossas... não dá, nem rende frutos esperar que os outros ajam da maneira que nós agimos!
Sem demagogias, e sem mais alguma churumela... não importa quem vence a guerra, não importa nem se existe mais guerra., ou se houve algum dia. Antes de oferecer algum sacrifício... preciso consertar o que está aqui... aqui dentro. Antes de me render à tentadora guerra de farpas... preciso eu me responsabilizar pelas minhas atitudes, não pelas atitudes dos outros. [e digo isso tudo sem tentar fazer uma poesia-intimista-forçada, nem lançar filosofias que 'encantam']
Isso não se aplica só ao que muitos por ai podem estar inferindo. Pouco me importa o que pensam. Aplica-se a tudo que diz respeito a MIM... tudo que é relacionado ao meu agir e falar. Todos os meu tratos e destratos... meus alvos, meus propósitos. É de muito maior proveito, ignorar essas "porções de refugo". [novamente, sem demagogia]... Infiram o que quiserem, como quiserem... há coisas mais importantes.
Ninna... estudando expressões idiomáticas de língua inlgesa pro tão falado teste... the way the cookie crumbles... igualzinho à vida.
Ninna... no regrets, war is over! [sem arrependimentos, a guerra acabou!]... Entre dores e alvos, descobri que pra mim, melhor ganho é perder! Meu orgulho é simplesmente frágil...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

13/11/09

Sim... da certeza para o medo.

Mas, como tudo é lícito, mas poucas são as coisas de proveito, aceito o teste. Coloco-me a prova... melhor o preço de tentar, sem a desventura de falhar. Espero que não falhe.

...e se tudo der errado no final...
apelo pro colo de pessoas importantes por ai... um namoradão, o tapinha nas costas dos companheiros, o cafezinho com creme da amiga alí, o telefonema gigantesco da outra cá, o dia de beauté com as outras ... o sermãozinho de papai no final do dia.

Tudo é lícito. E afinal, isso é proveitoso pra mim. Vale a tentativa.

Ninna... sim, isso também dá medo. Mas, como em português claro... "quem não arrisca não petisca... o friozinho na barriga pela véspera é o alimento do alvo.

Ninna... no carro. Engarrafamento, e eu há 7 km da possibilidade de vida nova. Sim... eu, com a "cara e a coragem."

...nothing hurts like your mouth!

"All your mental armor drags me down...
We can't breathe when you come around
All your mental armor drags me down...
Nothing hurts like your mouth."
The longest kiss
Peeling furniture days
Drift madly to you
Pollute my heart drain
You have broken in me
Broken in ME
(...)
You have soul machine!
do extinto Bush (não... não é o ex-presidente!)
Ninna... against all your mental armor... da certeza para o medo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

...and don't be surprise if I fall head over feet!

E de repente bate a dorzinha no peito, uma sensação esquisita... como um titubear improvável, no momento exato em que se sabe o que fazer... Mas, seria, como há muito havia-se pensado, dito, professado... felicidade momentânea, clandestina... seria por fim, se permitir, sentir o gostinho do momento raro de dúvida... Se permitir tudo que vale a pena.

Felicidade momentânea... pequenas sensações... o friozonho agradável... borboletas no estômago. Sentir saudade do que ainda nem se viu... chorar porque simplesmente é agradável um momento de fragilidade... alí no escurinho do corredor abandonado...

Achamos perdidas por ai pequenas confissões, um papinho mudo... o olho azul que amedronta brilhando de empolgação... um riso solto... trocadilho infame... a mão... a gritaria que toma conta do prédio. Tudo no meio de um turbilhão de pensamentos que variam do 'é possível?!' ao 'e daí?'

São assim todos os meus dias, a partir do momento em que descobri que os pequenos alvos e tímidas conquistas batem sim à nossa porta sem pedir licença...pedindo para serem aproveitados. É assim... porque por um momento tudo desaparece... briguinhas, papinhos... discussões ao telefone, problemas... tudo isso some no momento em que se tem a oportunidade de enfrentar antigos medos, assumir um alterego,brincar, rir, sentir-se querido, falar, gritar... agir feito um louco, sentir-se mais e mais e mais, maior que o mundo. Ter por um minuto controle de tudo. Sentir-se inseguro, mas fazer cara de paisagem pro medo. Dançar, pular... por que a vergonha vai desaparecendo aos poucos, cria-se confiança... até mesmo naquele olho azul que amedronta.

Vai saber... são assim os meus dias. Porque comprei por ai o biscoitinho da Alice. E aos 20, eu aprendi que quatro paredes e uma janela não me intimidam mais... ao contrário, me libertam.

Ninna... sinto saudade do que nem vi ainda. E na maior parte do tempo, nem sei o que fazer. Mas sempre me permito... as coisas não são imutáveis. E as vezes é bom "ficar de cabeça pra baixo".

domingo, 8 de novembro de 2009

Breathing...accomplishing

October passed me by and it seems to me that there's still something else to happen. I mean... of course this month had its issues. One more time... a lot of acting, a lot of speaking for no one to hear... a lot of engaging with nothing at all. The same overtalking, overspeaking, 'underthinking'... that's usual.

But... looking over my shoulders, that's something that keeps fallowing me, wherever I go... wherever I look. No... of course I have my stockers, but... it's something a little bit different... is like that idea that the biggest day of you life, or the most import one, or the saddest one, they suddenly passe your path when you really don't expect it. It seems that no matter what you do... what you plan... something suddenly takes you breath away... weather in a good way or not.

The thing is... we keep trying to catch out our dreams, our goals... but, we forget that sometimes, even if that sounds a little bit weird... our goals and accomplishments, at least the smaller ones, they just knock on our doors, asking to be enjoyed. Yeah, I know... It sounds naive... maybe this is just me. But I'm willing, in this point of my life, a good start... regrets-free... I'm willing something to get me out of the bed, even if this represents, speak face-t0-face, stand up for myself and my opnions... even if this is a step on the darkness, even if this is a scream at sometimes... even if... Because, as I said in some ancients posts... I do believe that having A goal, is so much better than having SOME goals. And I like to believe in that... it keeps warm at night. Maybe, for now, I have small targets... like be more self-conceited, more selfish, or like... do not put up people who have nothing better to do, but look themselves on the mirror and see nothing. That's a good thing. Maybe, in the future, I'll buy some bigger plans... like, be more, more, more... I don't know... be more is what I believe. Now I've learned that.
To say the truth... dreams can knock on our doors... maybe we can be today, a lot more than we were yesterday... These little dreams, they can be achieved... day by day.

Ninna... yep, this is me. A little girl who believe that we can fight our challenges and accomplish our dreams each day. I do believe, that today I AM more than I was yesterday. One step at time... That is grownth.

Ninna... Now I speak and stand up for myself.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Me manda um email!

O Lunário ainda não é um blog mulherzinha, mas como em se tratando de moda, o que vai sempre volta... voltemos então à moda so last season (pra quem não tem dicionário... 'tão temporada passada'), e às algafinhadas virtuais. Afinal, cultura de massa perpetua. Não que literatura de massa seja lá a praia dessa moça que escreve, maaaas...vá lá.

Bom... então... assim... como é mesmo? Ah, nem eu sei. "Olhem para mim,vocês... veja como a vida e boa, e todos vocês inferiores a mim."

[bocejos longos]. Já deu,né? Pois é... falar assim... indiretamente... para alguém...sem ser ninguém... porque acham que falam de alguém. Ih... quanto ´blá blá blá. Como quem tivesse paciência para tanto... Viva a sua vida e pronto, vivam eles as deles, eu a minha, vós as vossas e tudo certo.

A literatura foi marcada por personagens egocêntricos, neuróticos, possessos de si... mas todos tinham um certo charme... Aquele lá, da Capitu... mania de perseguição, tudo bem... mas foi relembrado aos séculos... Dorian Grey e seu hedono-narcisismo (se é que tal palavra existe)... vaidoso ao extremo, porém... um grande de Wilde. Na vida real, quem tenta ir pelo mesmo caminho... bom se dá um pouco mal. Você é o que mesmo? (...)

Bom, para aqueles que se enfurecem com palavras alheias, tentam poetizar com "resoluções", alfinetam outros, se superestimam por coisinhas fúteis... se auto-afirmam, mas querendo mesmo afirmação de outros... fica somente o conselho da psiquiatria popular... 'Doido não se contraria!'. Eu, como ouvi lá nos tempos de menina, aprendendo a tricotar com vovó Madá, acato os conselhos populares, até estes. Deixa pra lá... um dia a ficha cai. É assim... afinal, quando se é estigmatizada de esquizofrênica... neurótica... louca, aprende-se a suportar com paciência a esquizofrenia alheia.

Agora, cá entre nós... as que a cá, tricotam... hum, é bom mesmo chamar atenção né?! Quando se QUER que todas as atenções sejam voltadas para si, costuma-se ACREDITAR que isso acontece. Sim, eu entendo perfeitamente. Por isso, posso até mesmo fingir que aprecio manifestações públicas e virtuais de auto-afirmação. Pobre de mim... como é de minha natureza carente, preciso viver da vida de outros [que por sinal é empolgante demais] porque a mim, me falta vida própria. (...) Preciso olhar (mas peraí.. só não olha quem tem olhos?!)... para o umbigo de outros e arrepende-me profundamente por ousar, por um minuto apenas, mudar o foco?!

[bocejos...]
Gosto de escrever. Gosto mesmo. Gosto também de deitar na cama que fiz. Então... se sempre levei a fama... assumo-a agora de vez. [pra agradar o ego de pessoas maiores]. Rendo-me novamente, à essa moda ultrapassada de recadinhos virtuais. Claro que de vez em quando, bate uma dor de cabeça por ler 'palavrinhas', mas nada que um tricozinho não cure.

Fica aqui um post... só pra não decepcionar as crianças no recinto. Aguardo respostas logo...
Ah... mas seria mais interessante se fosse por email... é mais cult, elegante... e cá entre nós, menos povão.


Ninna... entre uma aula ou outra, uma pausa pra olhar a vida alheia...

HA HA HA... já deu, né?!

(Psicologia Popular I: 'doido não se contraria').

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

21/11/2009


Por falar em planos...

Here we'll go!!!

... a incrível capacidade de se arriscar.

'E se não der certo?'
'Não deu! Só o frio na barriga vale a pena...'

Don't Mention it!

'Pra quem não sabe para onde está indo, qualque lugar vale'...

Falou-se e ouviu-se por ai, indefinidas vezes, em alguma mesa de botequim, com a areia da praia, e papinhos ao léu.
Fato. Assim como em mente vazia, a futilidade faz morada, pra quem não tem perspectiva, qualquer coisa é de grande ganho.
Assim, e somente assim, deixo de lado brigunhas e futilidades pequenas, e rendo-me aos poucos ao meu falar e ouvir. Apenas meus, e somente meus. Afinal, não me curvo diante de tronos, nem preocupo-me com línguas que não edificam. Levo a vida, somente minha vida. E dedilho nesse bolg, que é território de alguém.
Olho e vejo adiante. Futilidade não faz morada aqui...
Dos conselhos de infância, lembro-me bem... 'Faça enquanto pode'., 'aprenda enquanto estou aqui'... Assim, como boa criança e boa filha, acato e vivo os dias aos poucos, um pouco tardiamente, aos 20... mas levo de mala e cuia alguns poucos sonhos, que invento em horas diferentes do meu dia (de 48 horas). Tardiamente, confesso. Mas antes aos 20 do que aos 24, 25, 30...
Não, não sou bonita. Tenho dentes tortos, pés e mãos grandes e minhas palavras tampouco são cheias de floreio. Magoo, decerto. Ofendo, eu sei. Mas não sento e falo, eperando que o príncipe de cavalo branco venha me tirar do castelo e pagar todas minhas contas. Aprendi, ainda lá na infância, vendo séries de TV, e por que não falando dos outros? (afinal, isso sei fazer bem!)[suspiros], que o tempo passa, e muito melhor ser algo do que esperar algo. Me mostraram que ter alguma perspectiva, é bem melhor que ter qualquer perspectiva.
Por hoje, enquanto tenho apenas 20 (e uma agenda atarefada ao começo do dia), traço um plano de cada vez e também ao mesmo tempo. Acordo, e sou professora de inglês. Cochilo, e sou estudante de letras. Almoço e sou funcionária da Petrobrás. Janto, e sou concurseira de plantão. Jornalista, advogada, secretária... Também tenho um namoradão, mas já passei dessa fase. Não levo um pé na bunda pra me descobrir gente. Nem preciso que alguém me mostre isso.

E hoje? Bom... já saiu o edital do concurso. Posso ir morar em Açailândia e falar sobre alguma coisa da área técnica. Posso também ser poliglota... aproveitar a bolsa e hablar español... Um carro, uma moto, uma sandália da Carmen Steffens. Sei lá...
Sencuda faculdade? Mestrado? Doutorado? Acho que não... pra essas coisas precisa ser inteligente.

Papai me chama pra vida. 'Procura crescer, menina!'... 'Ai, paaiii... mas é que dormir é tão bom. E eu ainda tenho 20!'

"Plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores" (um blá blá blá meio que bonitinho...)


Ninna... estudo de manhã, trabalho a tarde e a noite, mas de madrugada eu sonho. E por incrível que pareça, meus sonhos são todos coloridos. Meus dias ocupados me permitem isso.

[e pra mim, qualquer lugar não é lugar].

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Chorumelas sem chorumelas

Foi um tempo... lá no antigamente, que passou pela minha cabeça... ser assim, meio assim... As pessoas mudam, o tempo passa, coisas acontecem... blá blá blá. Fiz Letras pra poder fugir da pedagogia [não levo jeito mesmo], mas vira e mexe aparecem papinhos damagogos por ai em qualquer esquina... papinhos demagogos que forçam uma falsa literatura.
"Centenariedade" sempre me fez a cabeça, o rebuscamento, exaltação... aprendi mesmo a ser exibida... em esquinas por ai. Talvez por isso tenha um blog, talvez por isso me permito pensar e dedilhar... É a vida. De onde eu vim, pensar não é pecado... e ninguém é preso por expressar o que pensa... tampouco precisa dar satisfações à argumentos falhos e mal expostos... em esquinas por ai.
Sem chorumelas... dá-se o direito a quem tem direito. Posso viver ou não o momento... posso acreditar na eternidade, vida eterna, amor platônico... isso é direito meu, não é? Ou não seria? De onde eu vim, sim.
De onde eu vim... do lugar de onde pensamentos são só pensamentos... não se dorme de arma em punho. Não se vive controlando, ou tentando controlar a todos e tudo. Não se "leva a vida' achando-se que tudo é uma batalha a ser vencida. De onde eu venho, não há guerra de braço, não há mortos nem feridos. Há somente a liberdade de ter um cantinho próprio, de ter pensamentos que não sejam sempre dedicados à alguem... a liberdade de falar por falar, sem receber retaliações que nada impressionam.

As coisas passam, as pessoas mudam... há quem acredite em eternidade... há quem prefira momentos... há quem fique na sua... há quem viva... há quem use da vitrine como auto-afirmação. Mas o que fica é... as coisas se acalmam. De onde eu vim o tempo passa. Então, deixa ele passar. Mesmo que nada se ajeite. Nem tudo é batalha... nem todos são alvos. O mundo gira... e infelizmente, nem sempre em torno de um determinado ponto. Um post, um bilhetinho, um comentário, uma citação de alguém famoso pode ser simplesmente nada.... sem ser retaliação, sem ser tiro.

Falta-me paciência para demagogias. Faltam-me argumentos para argumentos falhos. Tenho meu canto, meu tempo, meu levar a vida... isso me basta. Não vivo em guerra, meu espirro não é direcionado à alguém. Tampouco, minha literatura... minhas frases, meu dedilhar.

Ninna...
a menina exibida que não dorme armada.

Eterno Lunário... pra quem gosta de palavras exibidas. Desencantados, desconfiados e alheios não são bem-vindos.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Vale mesmo é dedilhar...

Do antigo Caterina Mina, o que fica mesmo, além do favorito haicai... é a menção... "quando a tristeza bate, eu gosto mesmo é de dançar..."

Quando a tristeza bate, vale mesmo é escrever... vale colocar tudo em punho, na busca incessante pela melhor produção, pelo post mais perfeito, pelas alfinetadas mais veladas... porque vale a pena dedilhar pelos gracejos alheios, mudar de manias quando se pode mudar, falar de mudanças...

De Machado de Assis, um outro grande.. supôs uma professora-mestra, uma média em literatura: ironia afaga, liberta, seduz... deboche é pobre, ínfimo, descortez, deselegante. Há a sutil diferença... há quem entenda. Se alguns poucos confundem sedução e a mediocridade, só nos resta lamentar... e ao escrever -a agradável libertação de quem pensa -a "sutileza" intempestuosa do deboche não passa despercebida.
Se pra quem é triste, escrever liberta, pra quem não pensa, deboche é arma... pobre e descabida. Se como Machado, alguns escolhessem pela velada ironia, ganhariam o mundo... seriam centenários... e com certeza mais relevantes à história e à literatura. Mas, como nem tudo são rosas... deboche, riso escandaloso, arma sem respaldo, assim como a burrice e falta de relevância, causam leve desconforto... não tanto como alguns poderiam supor... mas é que raras vezes, mas ainda vezes... gente que pouco pensa, com moral caida e peito em pé... causam tanto desconforto físico quando ruído repetido... o do garfo arranhando o quadro.
Obviamente, nada como algumas dedilhadas para se voltar à normalidade... trabalha-se com o que se tem. Escrevo pra sorrir, sorrio pra escrever. Ironizo como defesa, arma eficaz contra deboche (desses que se econtra pelo google, ou nas páginas amarelas das acompanhantes tipo disk-desespero).É a vida... como àquela do haicai... nem sempre se está num jogo que não se sabe jogar. Finge-se bem, como no xadrez...
...começamos pelos peões.

Do antigo Catarina Mina, lembro-me bem... "por trás de toda arte há tanta coisa por falar".

Ninna... na ironia, a que afaga... a minha dança. [sem mais]

domingo, 4 de outubro de 2009

Eterno Lunário... fase bee?

"...all I'd want is you to be my sweet honey bee..."

Ninna... amando a palavra 'bee'!


Como define-se um lunário? Fala-se o que quer, quando se quer. Define-se conjunto, coleção... e também as fases da lua.[fases? uma delas: maquiagem]

Ninna... um pouco 'bee'...Crafiteira nas raras horas vagas, professora de inglês, TJ, ser pensante, pouco falante, acima do peso, impaciente, odeia aluno babão, melão e gente estúpida e prepotente... mas AMA maquiagem e cheiro no pescoço. Gasta rios no Boticário e vê Next Top Model. Mas acima de tudo... há a maquiagem (sustentada por um cartão internacional e uma fatura mensal beirando o insustentável).

Eterno Lunário... por vias de ser um blog mulherzinha. Esfume aqui, esfume ali... Sombra nude e sushi flower da Mac. Quem sabe até um futuro youtuber?!

Good Mourning and Goodbye



Chegou! E é... bem, é sempre Grey's. Meredith que me perdoe, essa ainda é da Izzie.

Lexie: [narrating] Grief may be a thing we all have in common, but it looks different on everyone. Mark: It isn't just death we have to grieve. It's life. It's loss. It's change. Alex: And when we wonder why it has to suck so much sometimes, has to hurt so bad. The thing we gotta try to remember is that it can turn on a dime. Izzie: That's how you stay alive. When it hurts so much you can't breathe, that's how you survive. Derek: By remembering that one day, somehow, impossibly, you won't feel this way. It won't hurt this much. Bailey: Grief comes in its own time for everyone, in its own way. Owen: So the best we can do, the best anyone can do, is try for honesty. Meredith: The really crappy thing, the very worst part of grief is that you can't control it. Arizona: The best we can do is try to let ourselves feel it when it comes. Callie: And let it go when we can. Meredith: The very worst part is that the minute you think you're past it, it starts all over again. Cristina: And always, every time, it takes your breath away. Meredith: There are five stages of grief. They look different on all of us, but there are always five. Alex: Denial. Derek: Anger. Bailey: Bargaining. Lexie: Depression. Richard: Acceptance.



Lexie: Sofrimento é uma coisa que todos temos em comum, mas aparece diferente em cada um.
Mark: Não é só pela morte que devemos sofrer. É pela vida. É pela perda. É pela mudança.
Alex: E quando imaginamos por que alguma vezes é tão ruim, por que dói tanto, temos que nos lembrar que pode mudar instantaneamente.
Izzie: É assim que você permanece vivo. Quando doi tanto que você não consegue respirar, é assim que você sobrevive.
Derek: Mas lembrando que um dia, de algum modo, de uma maneira impossível, você não se sentirá assim. Não vai mais machucar tanto.
Bailey: O luto (sofrimento) vem no seu próprio tempo para cada um, no seu próprio modo.
Owen: Então, o melhor a fazer, o melhor que qualquer um tem a fazer, é ser honesto.
Meredith: A parte ruim, a pior parte, é que o sofrimento... você não pode controlar.
Arizona: O melhor a fazer é tentar nos permitir senti-lo, quando ele vem.
Callie: E deixar pra lá quando podemos.
Meredith: A pior parte é que no momento em que você acha que superou, começa tudo de novo.
Cristina: E sempre, toda vez, ele tira de você o fôlego.
Meredith: Existem 5 estágios de luto (sofrimento). Eles parecem diferentes em cada um de nós. Mas sempre existem 5 estágios.
Alex: Negação.
Derek: Raiva.
Bailey: Barganha.
Lexie: Depressão.
Richard: Aceitação.



[lágrimas discretas... como sempre em Grey's. Chorar pelas narrações de Grey's... não tem preço!]

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Confiança

Tudo é uma questão de confiança... ouvi por ai. Trata-se simplesmente de deixar de lado as adagas e assumir (talvez até pra si próprio)... que se é o que se é e pronto.



Confiança é ser também apontado, se deixar inferiorizar, aparecer, renascer das trevas, marcar o cenário, ir contra a maioria, usar palavras...escolher chorar e escolher sentir. Ando pensando.. há a tese, aquela de quem prefere comprar por ai um coração de pedra... que por vezes cai por terra e é esmagado com atitudes despercebidas. Quando se é visto, se é notado, mesmo que se esconda quem se é, e se use a estima como punhal, não se pode evitar... sempre há plateia. Perdoa-se o inimigo e amaldioça-se o inocente. Seria assim... pensar muito de si mesmo... diferente de confiança, diferente de atitude [palavra comercial], diferente de salto alto. Vá entender... são coisas que passam pela cabeça [cansada de dirigir e que não compra um coração de pedra... pega apenas de volta velhos conceitos e tateia segurança]. Na verdade, o que aparenta ser segurança [palavra repetida]... nada tem a ver com esconder o que se sente [rir na sala, chorar no quarto]- doer o braço ao ser torcido a força. Segurança insegura... que prejudica, que afeta.. não a outros como seria de melhor ganho. ´Dai então, no paparelo de atitude, segurança e confiança, entra a escolha. Posso não abrir mão do orgulho, mas posso também perder pessoas, e pagar um preço um tanto salgado. Trata-se de confiança... estar pronto pra assumir o que se sente... estar pronto pra fazer brincadeiras com a própria tristeza. Trata-se de confiança, que é sutilmente diferente de confiar demais em sim mesmo. É ai que entra: posso chorar? ou deveria chorar?! (posso só levar... uma hora aparece a conformidade... uma das vantagens de ser gente). E quem diria, é ai que entra também outra escolha: a confiança, a atitude de não ser condenado por um crime que não se cometeu. Atidude ortodoxa... digna de rebeldes do Inquisidor... quem não é culpado não pede perdão... só vive.



E nessas, nessas de confiança e segurança... tudo é válido... até o ponto em que não haja machucados. Vale escrever bem, vale aparecer mais, vale se maquiar melhor... vale até descer do salto (cá entre nós, confiança... confiança mesmo é isso) só não vale afetar outros pra satisfazer um ego mimado (com um quê de insegurança)... Vale até dar um grito de vez em quando.
Eu... cada dia mais adepta da tese de que confiança é sim descer do salto... e não destruir alguém a custo de um capricho satisfeito. É hora da tese... se dá importância ao que é importante. Falta de reciprocidade e máscara de fortaleza não me tiram o sono.
...um post curtinho e antigo... perdido aqui nos rascunhos. Confiança, confiança mesmo... não é se travestir de Napoleão.
Ninna... dona de um blog que são apenas pensamentos [isentos de imposto de renda]. Meus, diga-se de passagem... me reservo esse ínfimo mimo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Sweet as cupcake!


Life's good!
...as good as you can make it!

Chamada especial! sim, sim... pra você que é íntima de analistas e versa com baratas... comprarei uma peruca e irei à la pin up... confraternizar com outros jalecos.
Ofensas? ih... calma! compra um pincel ou estoura o cartão! vai saber... areia de gato faz bem pra pele. Um contracheque gordo então... ow creuza!.. bom, nem tanto!

A vida pode ser boa, afinal de contas. Já era hora... o biscoitinho da Alice anda alí... no bolso abarrotado do jaleco branco. Vivendo, se ferrando e aprendendo. É... a vida pode ser sweet... e o cinza, ambora 'anuando', ainda é cinza... e boas coisas passam por ele. Ponto final. Sharp (só falo inglês agora, auto-suficiente... ofenda a quem quiser)... mesmo diazinhos ruins merecem um post. Afinal, eu tô ali do lado do restaurante famoso nojento... e quer saber? biquinho de criança não faz muita diferença... (e olha... não é que eu reparei a cara feia? Deveria eu... chorar?)... mas você é tão inteligente! o que seriam alguns souvenirs num teto de zinco quente? Oops... pigmalion (sim, sim... english. Yeah? Doubts? Questions? Got it? andam perguntando... mania de teacher... understand?)

Cupcakes... nova invenção... lembrancinhas de casamento... vou decorar uma cozinha de vermelho e vibrar com conquistas alheias. Ai... cupcakes. Se vocês usassem Armani e ofertassem Lexotan (?)... black coffee... this magical little black thing... Como serias bem-vindo!


Ninna... um Ufa! em meio a correria... [ooops... isso aqui não é vitrine!] ah... who cares? auto-message: eu ali... e aqui... e lá de novo... tomando banho e dançando reggae!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Just like a star...

...essa admirável liberdade de se permitir... deixar o medo de lado, como se o receio de crescer fosse desaparecendo aos poucos, acompanhado dos novos planos, das discussões deixadas de lado, junto do bom expresso com chantily e da ligação casual... uma ida ali rapidinho... a maquiagem e o papo cabeça...
Permito-me permitir, longe da tentativa de colocar a vida na vitrine, não seria isso. Permito-me comemorar a descoberta, lembrar da assertiva, aquela do efeito Placebo... quando o medo de crescer, o receio desaparece, "fading"... permito-me acreditar que sim... sem medo de alardear, mas aprendendo a curtir momentos... sem briga, sem guerra... confiando desconfiando... permitindo-me relevar grandes coisas e ser um pouco lady em meio ao terremoto.
Permito-me não me importar, mas mesmo assim importando... Permito-me crescer em 6 meses, mesmo achando pouco provável tal façanha...

[...]
Se entregar ao que se tem certeza não lhe fazer bem... mas ainda assim saber que só se tem aquilo... é o que nos resta. Saber que se vive num jogo... estar cansada do jogo, mas e daí? Posso permitir mais adiante não me permitir mais nada... mas por agora, posso permitir-me sentir o que tiver que sentir, achar que cresci... achar que permito o que é passível. Posso escolher não escolher nada... posso escolher deixar passar... [suspiros]

Um sinal de alerta, perder a parte boa e depois reconhecer... procurar desculpas, justificativas. Por que não se permitir lhe contar como me encontro? como me acho? Dizer em voz alta que se procura um sinal de alerta, então? Quando a verdade é simplesmente... é o que mesmo? um sinal de alerta... que nos volta a assombrar e nos deixa pra trás... você era uma ilha... Entre, veja como estou. Te dizer em voz alta... um sinal de alerta. Ouvir músicas que simplesmente são reticências. Ser uma reticência...
Um papo cabeça... um encontrinho... que nos faz pensar... nos faz temer o que se conhece. Mas se conhece, por que se aceita? talvez porque se permita a si mesmo.
Um post... pra quem entendeu o post. É, você mesmo!

[ouvindo: Like a Star e Warning Sign.. daí o post] i don't understand... i wonder why you're in here... you're doing all the time... just blowing out my mind... feel like i'll never be the same.


Ninna... permito-me sentir o que sinto... escrever o que quero... sentir um encontrinho... pensar situações e as encarar como quero... sem roteiro, sem script.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Escolha sentir...

“Eu não tenho idéia porque a gente fica adiando as coisas, mas se eu tivesse que chutar, diria que tem muito a ver com o medo. Medo do fracasso. Medo da dor. Medo da rejeição. Seja lá do que a gente tenha medo, uma coisa é sempre verdade: com o tempo, a dor de não ter tomado uma atitude fica pior do que o medo de agir”



- Doctor Meredith Grey.



Já reparou como todo sitcom que se preze sempre traz uma divagação que verse sobre o medo? À la Felicity, Sex and the City, Everwood, Desperate Housewives e tantas outras... o medo está sempre presente nas peripécias pensantes de protagonistas da TV. Faz sentido... afinal, não está o medo presente em quase tudo quanto é lugar? Não está rondando qualquer um por ai que titubeie tomar qualquer decisão... seja ela qual for?

Não, não falo pela boca de alguém que nunca teve medo, muito pelo contrário, falo pela boca de quem conhece muito bem... é indecisa, teme... Mas arriscaria dizer que pior do que o medo de tentar, é o medo de se permitir... de se mostrar vulnerável, de sentir, ou em português mais claro, de ser feliz. É né? Pode parecer ridículo... quem ai admite ter medo de ser feliz?

Mas quando mudamos a pergunta? Quem aí tem medo de parecer vulnerável, frágil, carente, quem ai tem medo de precisar... precisar de alguém...? Huh? Eu tenho. Já tive e muito provavelmente vou ter de novo. Acontece que no fundo, ter medo de ser vulverável, sentir e coisa e tal, é nada mais nada menos que medo de ser feliz, por mais absurdo que pareça...

E então... E ser feliz de fato não é ter medo de parecer fraco, ou querer ser forte, mas ter a coragem de se assumir fraco, frágil, vulnerável... é não ter vergonha de sentir. Yep, pode parecer clichê... mas, e daí? Ser feliz também pode ser não ter medo de usar um clichê, ou ser um clichê quando bem se apetece. Quem tem medo de sentir... tem medo de rejeição... ai sim é frágil, não mostra o que sente, se esconde atrás da casca e perde grandes momentos e grandes pessoas... tem medo de pedir perdão, tem medo de assumir um erro, tem medo de dizer eu te amo, jogar a adaga fora junto como orgulho, baixar a guarda... e quando parece ser forte... é na verdade, simplesmente fraco, e deixa de ser feliz.

Sou da teoria: Ter medo não é tão ruim. Ser 'impávido', ter coração de gelo, de pedra, é pior. Porque dos altos e baixos de todas as situações, só tiramos lições se quisermos tirar. Podemos escolher... podemos sentir, sofrer, chorar, viver... pedir perdão quando se está errado e quando se estar certo, podemos dizer que amamos e nos arrepender depois, podemos pedir que alguém fique ou que volte, podemos gritar: 'ei, eu tô aqui! e preciso atenção', mesmo quando podemos ficar calados orgulhosamente, podemos simplesmente desfrutar de cada alto, curtir cada fossa... chorar, ficar de pileque por simplesmente se importar demais... podemos brigar com o namorado, morrer de ciúme... saber que pode-se morrer de amor e de amizade várias vezes, e nem por isso ter medo, porque a graça está em ser vulnerável... podemos chorar na frente de quem nos parte o coração, podemos até ficar calados quando achamos que precisamos falar, ou falar quando precisamos falar... podemos principalmente se arrepender... podemos tudo, porque a graça da coisa está justamente ai, justamente no fato de que se prestarmos atenção ao medo, ao orgulho, nos armarmos contra qualquer sentimento, qualquer ameaça de "fraqueza"... vamos nos privar de sentimentos maravilhosos e até fossas fenomenais [que valem muito a pena].

Eu escolhi... escolhi não ter medo, escolhi, mesmo a muito custo... sentir, e sentir muito. Escolhi mostrar o que sinto... chorar e pedir pra voltar, dizer eu te amo e morrer de ciúmes. Escolhi abraçar e pedir abraço... escolhi colocar o coração na mão e me arrepender depois. Escolhi ver-me fraca, ingênua, coitada e vulnerável... porque vale a pena. Escolhi ser alegre hoje e curtir minha alegria por um contracheque gordo... escolhi pular e esquecer que hoje foi dia bom, mas que amanhã a tristeza pode ser mãe do meu riso. E escolhi também ter pessoas... escolhi dividir um cadáver e enfrentar um leão por dia. Escolhi provar das arguras e delícias de ser vulnerável. Escolhi, porque por fim, todo mundo tem escolhas. Você pode: ter medo, ter adagas e ser um blefe, ser mais e ter menos... e pode ser menos pra ser mais, ser menos pra sentir mais e ter mais pessoas.


Ninna... amante de devaneios, escolhas, enredos bem amarrados e de pessoas. Eu prefiro ter pessoas.


sexta-feira, 17 de julho de 2009

Je ne sais pas choisir.

Num blog de MCviciadas, e MCamantes de línguas, não poderiam faltar vídeos e linguagens. Pois então, (ih...) ouçam um pouco a francesinha cute cute que achei por ai... Emily Loizeau

Porque para uma MCviciada e para alguém que já foi cover de Piaf, dói fisicamente abandonar o francês por 6 meses. Dói não ter de acordar extra cedo e não pagar mais um mico por míseros zero virgulle cinque. Dói... porque fora de Seatle, um MCvício beira o fanatismo... e MClínguas são necessárias. Dói... não poder enrolar mais a língua e contar pontinhos pra evitar a reposição.

Seria necessário, no entanto, ser ouvinte... recorrer ao LiveMocha e enrolar a língua a tarde toda pra falar tão bem quanto a francesinha cute cute. De onde veio esse cute cute?... que falta me fará o francês... mas, you know... we'll always have filologia.

Francês... um Mcvício... que vício!

domingo, 12 de julho de 2009

Poderia...poderia...

Porque julho passaria por mim como a névoa... como a vida para os residentes do Seattle Grace, ou o dia-a-dia das donas-de-casa desesperadas.
Ora... valeria então a pena deliciar-se com o som de pequenas novidades, gargalhar à mera lembrança da expressão engraçada e dos 7 raios que atingiram o velho. Poderia entregar-me ao amor de Benjamin e Daisy... aos pitis das noivas em guerra feitas de adoçante e ferro.

O que há de tão engraçado, no entanto? Sendo que julho seria reservado ao teatro de pulgas, como já fora dito? Como poderíamos notar a comicidade(hã?) na simples "minding my own business"? Talvez, de fato, não haja nada cômico. A vida tenderia a passar... e simplesmente passar por julho... sem mais, sem ais, apenas a ociosidade de um meio mês meio pacato, parado. A observação... e o destrinchar de um história já acontecida. (...).

Traçaria então os planos e meticulosos apetrechos. Poderia ver a Kansas laranja ali... parada. Poderia senti-la, tocá-la... Poderia ver-me em Pernambuco, rumo ao C.E.L.T.A, sem ter os 2 mil necessários para o plano. Poderia contar moedas, chegando a simples conclusão, de que em se tratando de finanças... bem, eu sempre faço besteira. Poderia esperar a reunião, optar pela filial... esperar alunos. Ansiar turmas e turmas... poderia mudar-me pra casa da amiga... poderia forjar um fuga, poderia não forjar nada... poderia... poderia... (suspiros).

Comemoro triunfantemente a memória... tudo no plano das idealizações... nada concretizado. Ler a Bíblia, esquecer Tolstoi... ficar calada...não ficar calada... pensar mais, me importar menos... escrever melhor... tudo pra julho, que me passaria como uma névoa, com a mesma brevidade de reconciliaçoes e de "pra sempre" já vistos.

E esse tal ato de blogar... e essa coisa de expressar opiniões, escrever escrever... modular palavras... alma em punho, escrita torta. Ora, seriam ainda assim as mesmas névoas... uma aliteração necessária, numa poesia forçada, prosa nada intimista (como pareceu ser esse post). Pra quê? (suspiros... porque eu gosto da expressão).


Ninna... sim, ela tentou escrever um bom post (pelo visto, não deu certo.)
Ninna... cansada de estar cansada. Que venham os mimos de julho.

P.S: Literatura, pode sim estar nos olhos de quem vê. Que me perdoe a linguística... não abandono meu hiperlink... nem minha hipersensibilidade. (ou a linha de pensamento não-contínua).

sábado, 11 de julho de 2009

Que grito será este?

Eu vou te contar que você não me conhece
Mas um dia ouvirão um grito lá no porto e perguntarão
"Por que sorri aquela?"
Mas um dia ouvirão um grito lá no porto e perguntarão:
"Que grito será este?"
"Que grito sera este?"
O jogo perigoso que eu pratico aqui
Ele busca chegar ao limite possível de aproximação
Através da aceitação da distância e do reconhecimento dela
Entre eu e você existe a notícia que nos separa.
Eu vou te contar que você não me conhece
Eu quero que você me veja a mim
Eu me dispo da notícia
E a minha nudez parada te denuncia e te espelha
Eu me delato
Tu me relatas
Eu nos acuso e confesso por nós
Assim me livro das palavras com as quais você me veste
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
"Que grito será este?"
(...)


Porque músicas aparecem do nada e dizem muito. Um CD estranho... DJ Zé Pedro (aquele da Galisteu) e músicas da MPB com arranjos remixados inéditos. Vale a pena. Essa é de Bethania, com inferências de Roberto Carlos.

... um grito, o reconhecimento e a diferença.

Caríssimos, infiram o que quiserem! (ih... gostei).

Ninna... e o grito.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Tell'em that it's human nature...

Eu poderia...
...começar um texto com a frase: 'já diria um inglês, amigo meu", mesmo sem ter nenhum amigo inglês.
...dizer alguma frase de efeito, versar sobre psicodelia e parecer mais inteligente (mesmo sem nunca ter versado sobre psicodelia).
...comprovar que moro no planeta Terra e falar sobre Michael Jackson (mesmo sem nunca ter falado sobre ele).

Triste. Uma tarde estranha. Ah... fala sério! Vai dizer que não achou? Eu poderia ter estudado francês para a prova de amanhã, mas preferi ficar no planeta Terra e observar a adoração de um ídolo morto. Você não? Eu observei.

Triste (...). a morte tem esse efeito, nos deixa embasbacados, suspeitosos, um pouco flutuantes (mesmo quando não nos atinge). E diante disso, mesmo sem querer criticar, nos pegamos pensando: para que tanta pompa? Um caixão de 25 mil dólares...e o mesmo final.

...homenagens são prestadas quando não tem mais significado. Honra deve ser dada em vida, não em morte. E um pobre ídolo, um tanto menino, ali... tendo sua morte como motivo de glória e referência ao ego de outros. Um show, um espetáculo em mérito de homenagens não para ele... mas para cada um ali presente.
... sim, eu nunca falei em Michael Jackson, nem me curvo a homenagens... nunca sequer pensei nele e em sua existência... mas, referências são inevitáveis.

O que se salva do espetáculo? A fala de Brooke Shields (snif snif...), e o desespero de Paris Katherine Jackson.

Pra mim a melhor de todas: Human Nature. (muito linda)

"If they say --Why, why, tell 'em that it's human nature
Why, why, does he do me that way
If they say --Why, why, tell 'em that it's human nature
Why, why does he do me that way..."


...e esse why why, que pega e não desgruda! (ah, vai...não tem cara de American Idol?!)


Ninna... sim, sim... esse foi um post sobre Michael Jackson
.

...e esse Rei Mu?

Seria assim... pessoas de mudanças, meses de euforia e pequenas tempestades. Já diria Caetano, o eterno deus Mu dança... muito embra o deus MU esteja assim... um quê meio que achado, um muito que perdido.
Adepta de músicas tristes,humor negro e palavras vernáculas (redundante? que seja). Sim, as palavras moldam o mundo e atitudes ínfimas empobrecem cenários e altivam o que é comum. Prefiro as palavras... a elas se confere o glamour... elas perpetuam... se exibem...se posicionam...atitudes são esquecidas e apagadas. . . e por vezes repetidas por ai, sem lei.
Seria julho assim... mesmo drama, novo cenário, nova marcação. Até quando?? companheirismo taciturno... fidelidade sincera. Até que seja ditado um novo ato. Aplausos! (longe do humor negro e indiscrição de minhas palavras mal empregadas e desrespeitosas).
(suspiros...) que seria então desse espetáculo mal visto? Um infame contexto de tempestades e reconciliação proforma. Ora... não me venham com churumelas! Bater e assoprar... jogar a pedra e esconder a mão... Ora...marquem o cenário por vez. As entrelinhas dizem muito... talvez mais do que os semas. Mas não deixam de ser entrelinhas.
Literatura é literatura por si só... que faça sentindo ou não. E orgulho-me dela... porque num espetáculo condescendente, atitudes tem livre gozo de ofensas... mas palavras perdem a importância, e viram as párias da encenação. . . e por fim, as párias sempre me atraem.
Pff... julho não ditaria mudaças nem filosofias ao léu. Estaria mais para observação... o ver e notar de atos comuns. Circo de pulgas. Teatro... sim, a crueldade duma criança ao ver o portar-se das pequenas pulgas. Como ler literatura e agraciar-se com o transformar de personagens pequenas em grandes, e grandes em pequenas. Ou quando num momento, a linearidade do coadjuvante termina linear...mesmo quando se promete ajustes e pequenas emendas.
Julho poderá ser apenas a observação... o desenvolvimento do mesmo tema. A linearidade do mesmo enredo... quando ouvir não parece ser palavra de ordem.

Ninna... amante de cheiros fortes, palavras sofisticadas, literatura, contextos antigos... humor negro, pequenas curiosidades da vida e análise do discurso.
... e não é que eu aprendi a ser exibida?!

...caríssimos, literatura é arma... infiram o que quiserem! (assina-se assim agora, porque eu também levo tiros).

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Not yet...

Ofender com atitudes é válido, mas com palavras não?! Dois pesos e duas medidas? Contraditório. Get up, stand up. Stand up for what you really think! (go ahead, grab a dictionary!). Hum... pensamento: deixa pra lá.

Palavras para quem tem palavras. Sim... elas, por fim, moldam o mundo.

Ah... whatha heck! Let's talk about people!

Respirar... vestir-se duma nova personalidade? (não, acho que não). A despeito do que ele possa ter falado... eu fui, eu vi, eu contei. Mas agora não é hora. Deixa eu construir meus textos, absorver minhas memórias. Lembrar dos meus fatos, das pessoas. Fugir do clichê (yaya... no way words could ever explain). Este pode ser um duelo. Ele, e sua Fortaleza, eu e meus passinhos. Ou não...

Bom ter falado. O francês fedido, três meninas, o alemão, a areia. (...). O rio e o 13º mico. Mas deixa eu processar.

... caríssimos, infiram o que quiserem.


Ninna... pensei que nos apaixonássemos apenas por pessoas.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eterno Lunário...

...Um blog que fala de MIM... Um blog bem egoísta e nem sempre dialético.

Só pra constar... e pra não dizer que nínguém avisou. Sim... porque blog é uma arma... mas uma arma inteligente.

Falo sobre tudo... mas só falo do que EU falo.
Sirvam-se da carapuça... mas por favor, não cometam equívocos. Escrever pra explicar cansa... e eu não tenho tempo.

Ninna (de Tal)... sem mais.

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Onde vou parar com estas festinhas fora de hora? . . . uma nova duna em barreirinhas, talvez.

Pensamento de gordo: encontrar com o namorado perto de serviço para petiscar a coxinha gigante de um tal japonês...

Roupa de gordo: preto, preto, preto... bata.

Medo de gordo: não aproveitar uma duna, por medo de ser outra duna.

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Um cover de Piaff no audório mais visitado da UFMA. Um batom vermelho, um amor em vermelho e uma canção visceral. Uma voz rouca... Mademoseille Satto, como diria Madeloseille Eva. Acorda. Tateia.

Vai lá... paga o mico. Um RU abarrotado, uma área de vivência espremida... um mingau de milho com a àgua do Bacanga... Tu cantas, eu desmaio. Tu ri (?), eu desabo. Só por um zero virgulle cinque, e uma proposta de período especial. "Todos os garotos e garotas da minha idade"... tout paroles.
... o sinal na testa mais-do-que-vermelho, e a cara mais-do-que-no-chão. Tudo por um zero virgulle cinque.

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Ninna (ou seria Mademoseille Satto?) ... assinou um post idiota para evitar mais posts controversos.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Coloque seu título aqui.

As reticências, sob outro ponto de vista e em mãos erradas podem não provocar a mesma sensibilidade que outros possam supor. Falar de um dia bom ou de um ruim... pode não fazer tanto sentido assim.
Quem alardeia tanto uma mudança... pode não ter mudado tanto assim... (pensamentos soltos... bobos. Ácidos ou agridoces, dependendo de quem vê).

Poesia forçada... Aliteração antipática... Falsas reticências... Pitadas de intertextualidade mal empregadas... Texto mal construído. Auto-crítica? Necessária. Alma em punho, numa caneta lânguida. Gramática? Não só por quem faz Letras... poderia ser usada. Fale línguas... fale fale, fale nada, mas fale bem. Littera ,um alvo. Hiperlink, hipertexto, linha de pensamento não- contínua. Não continue. Conselhos da "drama queen"... por favor, não repare.

Mr. Sattherthwaite, um dos pródigos de Agatha Christie. Observador da vida. Personagem pequeno, um tanto linear, um tanto "redondo''. Pequeno e simples... como todo observador... e muito reticente, porque não?!
Invisto e visto-me de um pouco dele. Observo, analiso... não falo, reparo... Tento, critico, me auto-critíco... aprendi a ser um ácaro, mas inteligente, como Dorot... valho-me de atualizações. Respiro palavras, palavras minhas, palavras de outrem. Não me assustam mudanças, apenas me causam gracejos. Este não é um post pra alguém. Este é um post pra ninguém. Para um suposto Sattherthwaite... ou um tal Sr. Quinn.

Preciso ler mais Agatha Christie.

Ninna (de Tal)... redonda e linear.

O que foi este post, afinal? (caretas... por favor, não repare). Três pontinhos. (voltemos ao francês e ao bolo do Mateus).