quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Um post sofrido



A vida tem um jeitinho engraçado,por vezes até sádico de nos ensinar lições valiosas, né?


Quando a gente menos espera, ela acaba por nos atingir com um golpe tão violento, tão sofrido, que nos deixa bambos, caídos, sangrando... O que é difícil para nós, no entanto, é perceber que por mais que esses golpes doam, nos firam, elas são apenas o jeitinho torto da vida de dizer: "Ei, psiu... toma cuidado!"


Quanto mal evitaríamos a nós mesmos se por um minuto, um minuto apenas, ignorássemos a dor do golpe e ouvíssemos apenas o alerta: PERIGO!PERIGO!


Talvez este seja um dos maiores defeitos do homem. O nosso problema é que somos muito frágeis a dor; quando ela chega, impávida, nos derruma, nos deixa cegos, surdos, mudos... E pra evitá-la, acabamos por nos machucar a nós mesmos, ignorando o sinal. Ai achamos que conseguimos uma façanha: enganamos a dor! Que nada! Vamos nos ferir ainda mais depois... de maneira mais intensa...


Talvez este tenha sido o motivo pra eu escrever este post. Pra mim, a dor foi muito grande, o golpe muito forte, e acabei deixando pra lá o sinalzinho rubro na minha frente,que diza: "Cuidado, menina! Esse caminho tem mais espinhos". E tinha mesmo... E eu, de tola que sou, fui adiante.




Sempre costumei ouvir que 'decepção não mata, ensina a viver!". É verdade, não mata não.Mas como machuca... Mas pra poder ensinar a viver, tem que machucar mesmo, é assim que funciona! Da primeira vez a gente teima, mergulha de cabeça e quebra a cara. Aí vez a decepção e diz: Levanta! Da segunda, a gente mergulha com mais calma, mas ainda assim cai, e lá vem ela de novo. Levanta! E assim vai... É ''se perdendo e aprendendo"como diz Dull. A graça da vida tá nisso. O difícil é aprender.


Mas aos poucos eu consigo. E aos poucos a dor do golpe vai passando, deixando só a cicatriz e a vozinha lá no fundo: "eu te avisei!" Por enquanto, depois do último alerta, eu levanto e cato meus cacos, enterro meus defuntos. Pronta pra outra!




De mim fica agora só a vontade de gritar, gritar bem alto e dizer: Não, eu não quero mais errar!


...




Até que venha outra decepção, pra me mostrar o contrário.




E ela virá, com certeza virá...


Ninna

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