segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Chorumelas sem chorumelas

Foi um tempo... lá no antigamente, que passou pela minha cabeça... ser assim, meio assim... As pessoas mudam, o tempo passa, coisas acontecem... blá blá blá. Fiz Letras pra poder fugir da pedagogia [não levo jeito mesmo], mas vira e mexe aparecem papinhos damagogos por ai em qualquer esquina... papinhos demagogos que forçam uma falsa literatura.
"Centenariedade" sempre me fez a cabeça, o rebuscamento, exaltação... aprendi mesmo a ser exibida... em esquinas por ai. Talvez por isso tenha um blog, talvez por isso me permito pensar e dedilhar... É a vida. De onde eu vim, pensar não é pecado... e ninguém é preso por expressar o que pensa... tampouco precisa dar satisfações à argumentos falhos e mal expostos... em esquinas por ai.
Sem chorumelas... dá-se o direito a quem tem direito. Posso viver ou não o momento... posso acreditar na eternidade, vida eterna, amor platônico... isso é direito meu, não é? Ou não seria? De onde eu vim, sim.
De onde eu vim... do lugar de onde pensamentos são só pensamentos... não se dorme de arma em punho. Não se vive controlando, ou tentando controlar a todos e tudo. Não se "leva a vida' achando-se que tudo é uma batalha a ser vencida. De onde eu venho, não há guerra de braço, não há mortos nem feridos. Há somente a liberdade de ter um cantinho próprio, de ter pensamentos que não sejam sempre dedicados à alguem... a liberdade de falar por falar, sem receber retaliações que nada impressionam.

As coisas passam, as pessoas mudam... há quem acredite em eternidade... há quem prefira momentos... há quem fique na sua... há quem viva... há quem use da vitrine como auto-afirmação. Mas o que fica é... as coisas se acalmam. De onde eu vim o tempo passa. Então, deixa ele passar. Mesmo que nada se ajeite. Nem tudo é batalha... nem todos são alvos. O mundo gira... e infelizmente, nem sempre em torno de um determinado ponto. Um post, um bilhetinho, um comentário, uma citação de alguém famoso pode ser simplesmente nada.... sem ser retaliação, sem ser tiro.

Falta-me paciência para demagogias. Faltam-me argumentos para argumentos falhos. Tenho meu canto, meu tempo, meu levar a vida... isso me basta. Não vivo em guerra, meu espirro não é direcionado à alguém. Tampouco, minha literatura... minhas frases, meu dedilhar.

Ninna...
a menina exibida que não dorme armada.

Eterno Lunário... pra quem gosta de palavras exibidas. Desencantados, desconfiados e alheios não são bem-vindos.

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