terça-feira, 15 de novembro de 2011

Saying goodbye to Daisy Miller

"Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minha alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar
Tua palavra, tua história

Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar..."

( O Teatro Mágico) daquele palhaço que tu me ensinastes a amar.


E eu nem pensei que tua ausência ferisse tanto...
Lembra de quando éramos crianças? Lembra das vezes que o mundo se tornava mais importante que as coisas ao redor... mais importante que as quatro paredes, que as fórmulas no quadro, que as discussões, que as paráfrases?
Lembra das vezes que andamos distâncias épicas, rumo àquele canto, a contramão... e tudo parecia tão perto? Tudo parecia tão perto porque se somavam à nos a palavra. Palavra. Lembra, poeta? Palavra. parvra... tua, minha... nossa. O que nos uniu alí, e uniu depois. Esse amor infindado e visceral pelo que podemos dizer... pelo o que dizíamos.
Lembra da distância... aquele tempo que nos findou... e  findou a si mesmo? Lembra da distância, poeta... aquela que percorríamos diariamente pra nos ver um ao outro? Lembra das vezes que nos bastava nós mesmos, e apesar do que nos era intangível, éramos felizes. Lembra?


E sim, tua ausência faz silêncio... e a falta da palavra se solidifica... parvra... paira... ausência, uma quase saudade, um quase hiato. E sim, como prometido, eis aqui o teu canto... teu túmulo, tua presença, tua ausência. E essência... porque tudo aqui é teu. Eis, poeta, o teu atestado... Lembra?









Ninna...
"E o fim é belo incerto... Depende de como você vê..."


Sim, é pra você. O único que vai entender este post.


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