As trancas arrombadas foram o aviso...
Dizem que o calendário mais acaba ai. Enquanto isso, no mundinho moderno, a trancos e barrancos, de mala e cuida há quem leve a vida, respirando aos poucos, sufocando bem o que grita em uníssono. Não dá pra evitar o que é mais forte. Há quem discorde!
O relógio que não anda é o conforto da noite que não passa... e aos poucos pode-se sorver e analisar o que foi... sob cada aspecto, cada foco, imagem de cada câmera...interlúdio da vida, dos passos recitados, dos versos receiados... do que não foi ouvido. Anseiar o sonho que não vem... estar em completa e agradável transe.
'... I'm looking for purpose... I'm looking for air.'
Já é tarde, mas ainda assim o tempo parece não passar... como olhar pra frente e ver as possibilidades... tudo que se encaixa tão perfeitamente quanto em projeto. Tudo que está ai tão pequeno, e tão perto, mas ao mesmo tempo tão improvável. Aquela vozinha baixinha que você escuta, o toque do sinal, o convite feito... Tudo que dá vontade de gritar e alardear aos quatro cantos. Tudo que te leva embora... a desculpa pra poder ficar naquele cantinho, onde tudo acontece... o motivo pra poder falar... pra poder esculpir de delícias cada fragmento do que pode ser, mas não é.
Cada um vive em si mesmo o que não lhe é permitido viver em outros cantos. Em cada íntimo está a realização que é tomada lá fora... e aqui, as coisas acontecem, mesmo que pareçam mentira a outros. Aqui pode-se tatear sem vergonha por ar... aqui as fechaduras são tomadas, e as trancas arrombadas... aqui se está, mas pensa-se em não estar. Aqui se ve o afago, mas se pensa no descontentamento. Aqui se modela e também se finge. Aqui há espaço para paisagem e teatrinhos que divertem.
Não há mais trancas, não há mais porque e 'pra quê', não há ideias a serem roubadas, nem cenários a serem montados... só a mudança, a menor ideia do que fazer... há a novidade, a liberdade de se modular e ansear gritar o que há pra se gritar, há a liberdade de ir e vir dentro de si mesmo, de dedilhar insensatez, e sorver pequenos momentos de fuga quando se está preso.
Não há mais trancas... está tudo aqui dentro, livre e disperso dentro de cada detalhe... não há mais pudor, tudo é sorvido e detalhado como deve ser... cada surpresa e cada convite não ouvido, cada passo dado dentro do contexto... tudo é livre dentro de si mesmo.
Não, não há mais amarras...
Ninna... momentos de loucura e insensatez. Tudo perdido e livre aqui dentro, regado à polidez e um calendário maia... o fim do mundo [para alguns]. Essa reticência comovente... uma regalia ao caos e às vozes gritantes em uníssono, um convite à vida adulta.
O relógio que não anda é o conforto da noite que não passa... e aos poucos pode-se sorver e analisar o que foi... sob cada aspecto, cada foco, imagem de cada câmera...interlúdio da vida, dos passos recitados, dos versos receiados... do que não foi ouvido. Anseiar o sonho que não vem... estar em completa e agradável transe.
'... I'm looking for purpose... I'm looking for air.'
Já é tarde, mas ainda assim o tempo parece não passar... como olhar pra frente e ver as possibilidades... tudo que se encaixa tão perfeitamente quanto em projeto. Tudo que está ai tão pequeno, e tão perto, mas ao mesmo tempo tão improvável. Aquela vozinha baixinha que você escuta, o toque do sinal, o convite feito... Tudo que dá vontade de gritar e alardear aos quatro cantos. Tudo que te leva embora... a desculpa pra poder ficar naquele cantinho, onde tudo acontece... o motivo pra poder falar... pra poder esculpir de delícias cada fragmento do que pode ser, mas não é.
Cada um vive em si mesmo o que não lhe é permitido viver em outros cantos. Em cada íntimo está a realização que é tomada lá fora... e aqui, as coisas acontecem, mesmo que pareçam mentira a outros. Aqui pode-se tatear sem vergonha por ar... aqui as fechaduras são tomadas, e as trancas arrombadas... aqui se está, mas pensa-se em não estar. Aqui se ve o afago, mas se pensa no descontentamento. Aqui se modela e também se finge. Aqui há espaço para paisagem e teatrinhos que divertem.
Não há mais trancas, não há mais porque e 'pra quê', não há ideias a serem roubadas, nem cenários a serem montados... só a mudança, a menor ideia do que fazer... há a novidade, a liberdade de se modular e ansear gritar o que há pra se gritar, há a liberdade de ir e vir dentro de si mesmo, de dedilhar insensatez, e sorver pequenos momentos de fuga quando se está preso.
Não há mais trancas... está tudo aqui dentro, livre e disperso dentro de cada detalhe... não há mais pudor, tudo é sorvido e detalhado como deve ser... cada surpresa e cada convite não ouvido, cada passo dado dentro do contexto... tudo é livre dentro de si mesmo.
Não, não há mais amarras...
Ninna... momentos de loucura e insensatez. Tudo perdido e livre aqui dentro, regado à polidez e um calendário maia... o fim do mundo [para alguns]. Essa reticência comovente... uma regalia ao caos e às vozes gritantes em uníssono, um convite à vida adulta.
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