De todo aquele papo de se permitir sentir o que quiser, agir como se bem entende, reagir da maneira mais confortável, saber como tocar o desânimo... o que fica mesmo, na prática, é que cabe sim fazer cara de paisagem para o medo, e se aprumar... levar a vida da melhor maneira como se pode levar. Deixando pra lá o que precisa ser deixado... ignorando o que precisa ser ignorado... Se o luto vem para cada um, a seu próprio modo... com a vida não poderia ser diferente. Dá até pra esquecer que há vida também lá fora. Numa soma de 2 + 2, nem sempre dá quatro... nem sempre é tudo tão exato.
Quanto a traçar os planos... mesmo que seja importante aparentar segurança, vestir a roupa ideal, calçar o salto que aperta, mas que mostra pro mundo que você é você... o que dizer do que se sente lá dentro? Pode ser o que os outros pensam, mas pode não ser. Nem sempre as pessoas são tão previsíveis quanto nós achamos... e nem tudo pode ser usado como arma.
Calçar o sapato que aperta, passar as semanas estudando, orando, pedindo, acreditando... até dando pauta pro olhão azul que amedronta... o famoso "se permitindo"... quando o seu maior alvo, aquele que você aguardou a vida toda, aquele momento que você ensaiava, imaginava... a palavra certa a dizer, a expressão a usar... a segurança que você deveria aparentar, quando ele simplesmente atravessa sua vida, muda tudo e diz: "to aqui!"
Tô morrendo de medo... não existe mais segurança, muito menos cautela... a menininha desastrada, do jaleco sujo, do dinheiro não guardado tá aqui, tremendo a noite, louca e insone, com as mão geladas, gritando de uma sala a outra... com medo do que falar, com medo do que vestir, do que escrever... simples e puramente com medo. Porque o que ela mais esperava... aquele momento da vida toda, apareceu assim, de repente. Uma oportunidade de mudar tudo... que era esperada daqui à muito tempo, se adiantou e a tirou da cama... no meio da noite... pra pensar e escrever, duvidar se si mesma... coisa que não acontecia há tempos.
Se aquele negócio todo de se permitir é tudo isso mesmo... vale a pena testar. Pra mim, até agora funcionou... e continuo acreditando piamente na ideia de que vale a pena sim, curtir cada felicidade momentânea, e cada fossa fenomenal, cada planozinho, cada "alvozinho". Porque assim... ninguém sabe quando amanhã, o choro vai ser a mãe do riso. Chorar, todo mundo chora. E mesmo acreditando que isso tudo é um pouco piegas... vale a pena chorar, sabendo que você tem mais alguma coisinha a mais na bagagem... e que você se permitiu.
Nem sempre as guerras tem dois oponentes... as vezes é você contra você mesmo... ou você e seus alvos, seus critérios. E não dá pra ignorar que em tempos de guerras frias e mornas, um embate é a melhor forma de se conhecer alguém. E? Bom... eu me conheci um pouco.
Ninna... tremendo de medo... mas "alive and kicking". Hoje eu faço o que não faria.
Ninna... a vida passa, blá blá blá... mas, no meio do caminho... dá pra crescer bastante.
... e que amanha, ou venha o baque, ou a risada! [qualquer um dos dois vale...]
2 comentários:
boa, boa....
as vzs escrever, mesmo q ngm entenda é bom...
sabe, botar pra fora,dar aquele grito de Meu Deus, vou surtar, e definitivamente surtar, isso, se permitir surtar!!!
ISSO é bom demais, gritar um grito mudo, pq basta apenas vc entender... Estou meio assim tbm, de veneta, aprendendo a perder algumas coisas com idéia(quero acreditar) de que virá algo bom...
porque afinal, nos apegamos tanto a coisas e pessoas q é difícil saber perder, ou saber a hora de deixar.
bjssss
e aí vale , no choro ou riso, aquele café, não imitação de filme, porque gente que pensa gosta mesmo de café com chantilly...vale, enfim a conversa afiada , a cara de paisagem no fim da tarde, á naquele lugar...vale um spolleto, ligações ...tá chegando a hora...vai com tudo Ninna...
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